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Quanto mais treino melhor?

Nem sempre é assim! Os riscos de overtraining existem e é preciso atenção! Você sabia que, assim como o sedentarismo, fazer exercício físico em excesso também faz mal? Ao exagerar, você desrespeita o descanso entre os treinos e, ao invés de melhorar a performance, emagrecer e ganhar massa muscular, coloca sua saúde em risco. De […]

8 nov 2024 - 11h15
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Nem sempre é assim! Os riscos de overtraining existem e é preciso atenção!

Você sabia que, assim como o sedentarismo, fazer exercício físico em excesso também faz mal? Ao exagerar, você desrespeita o descanso entre os treinos e, ao invés de melhorar a performance, emagrecer e ganhar massa muscular, coloca sua saúde em risco. De acordo com o personal trainer do APP de saúde integrativa Personal Virtual, José Corbini, é comum acreditar que quanto mais treino, mais rápido a pessoa terá o resultado, porém, esse pensamento é um equívoco. "A atividade física em excesso pode causar inúmeros prejuízos, principalmente se a pessoa chega no overtraining", explica.

Foto: Revista Malu

O que é overtraining?

Também conhecido como Síndrome do Sobretreinamento, o overtraining é uma situação que leva à perda de performance em pessoas que praticam atividade física em excesso, seja sem o descanso adequado, ou com grande volume e intensidade.

Seu corpo precisa de descanso!

Além da diminuição de rendimento nos treinos, esse processo pode causar problemas físicos, cognitivos, fisiológicos e psicológicos. "Os sintomas podem incluir lesões, perda de condicionamento físico, força e resistência durante o treino, fadiga crônica e até mesmo aumento de frequência cardíaca em repouso. Em alguns casos, até mesmo insônia, cansaço no trabalho e em casa podem aparecer" destaca o personal.

Os benefícios do treinamento no tempo correto!

Para não sofrer com o overtraining, a pessoa deve seguir um treino criado por um profissional, que vai elaborar os exercícios de acordo com a necessidade e condição física. "Levamos em consideração diversos fatores, como objetivo, rotina, e o descanso. Tudo isso deve ser periodizado, conforme a necessidade de cada um", explica o educador físico.

Com o planejamento correto, Corbini explica que os riscos do overtraining são praticamente nulos, entretanto, é importante que a pessoa converse com seu treinador, com um feedback sobre como está a evolução dos treinos e como tem se sentido, pois a rotina pode contribuir ou prejudicar os treinos e, nesse momento, é possível fazer adaptações. "Há fases em que estamos mais atarefados no trabalho ou em casa, e o cansaço pode ser mais intenso, contribuindo para a diminuição de rendimento em outras tarefas, como a academia", complementa o personal trainer.

O tempo ideal de treino

Uma pessoa que não é atleta deve treinar, em média, 1h por dia, podendo variar em dias em que ela combina o treino de musculação com outros exercícios, como corrida, ou alguma aula de ginástica. Para ela, o intervalo considerado ideal de um determinado grupo muscular é de, no mínimo, 24 horas. "Se a pessoa treina quadríceps, na segunda, o ideal é voltar a trabalhar esse músculo apenas na quarta-feira, para dar tempo de uma boa recuperação. Em casos de treinos muito intensos, esse intervalo deve respeitar um tempo ainda maior, de 48 horas."

Se os treinos são, tradicionalmente mais longos, o ideal é procurar um nutricionista para ajustar a alimentação e evitar desgaste físico e perda de performance.

Riscos do overtraining

O overtraining não é leva apenas à diminuição da performance. Quando uma pessoa que treina sem descanso, de forma muito intensa sempre e com muita carga, tem uma chance maior de desenvolver lesões, perda de condicionamento físico, força e resistência, fadiga crônica e até mesmo aumento de frequência cardíaca em repouso. A pessoa exagera no treino por acreditar que a prática excessiva contribuirá para alcançar seus objetivos mais rápido. Mas, na verdade, pode estar atrasando seu progresso. É preciso saber que consequências do exagero podem até mesmo levar ao afastamento dos treinos por um período, dependendo da gravidade das lesões. "Dependendo dos sintomas, não somente o treino pode ser comprometido, como também a vida pessoal e profissional", complementa.

É preciso tratamento!

Além de diminuir a rotina de exercícios, em alguns casos, é preciso ser mais drástico para amenizar os problemas causados pelo overtraining. "O quadro de overtraining é reversível quando não traz consequências graves, como lesões ou alterações hormonais. Entretanto, em situações mais sérias, pode ser necessário a interrupção dos exercícios físicos e até mesmo de competições. Por isso é importante ter acompanhamento profissional, com personal trainer, nutricionista e até mesmo fisioterapeuta e médico do esporte, em níveis mais avançados", finaliza Corbini.

Revista Malu Revista Malu
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