Quais cuidados devemos ter com o couro cabeludo e a boca ao tomar sol?
De acordo com a dermatologista Elisete Crocco, proteção deve ser feita com cosméticos e barreira física
Quais as dicas para não queimar no sol partes do corpo em que não podemos passar protetor, como a boca e o couro cabeludo?
Alana Fontes, Ribeirão Preto
Responde Elisete Crocco, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Do couro cabeludo, a gente tem duas situações. A primeira é a pessoa que tem pouco cabelo, como em crianças. Ou seja, ela não é calva, porque se fosse, conseguiria passar o protetor. Quem tem pouco cabelo é ideal ter a proteção física, como chapéus e bonés. Até existem protetores em spray, mas não tem comparação com a proteção física.
Para os lábios, existe protetor solar, mas eles não vão acima do FPS 30, e por isso deve ser aplicado várias vezes - até porque quando falamos, comemos, bebemos, entramos na água, vamos gastando.
Para a face, o ideal é que a aplicação seja feita a cada duas a três horas; já no corpo, a cada três horas é suficiente.
Lembrando que o horário entre 10h e 15h é quando temos a maior incidência solar, tanto com raios UVB, quanto UVA - os mais nocivos à pele.
Muito além de queimaduras de boca e até câncer de pele, em situações mais sérias, outra questão importante para ter cuidado durante o verão é a herpes simples. A exposição solar, sobretudo sem proteção, pode ressecar a pele, tornando-a mais vulnerável ao surgimento da condição.
Caso sinta a pele mais sensível depois dos dias de exposição, tome banhos mais frescos, nunca quente, e sem duchas fortes. Para a boca, faça compressas com água filtrada gelada. Outra alternativa é colocar vaselina sólida no lábio que alivia a queimadura e protege a pele. No couro cabeludo, apesar de ser desagradável, esse pode ser um alívio para os momentos noturnos.
Se levantar bolha ou tiver uma dor muito intensa, o ideal é ir a um dermatologista.