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Projeto dá transporte aos jovens de baixa renda com câncer

23 jul 2014 - 13h00
(atualizado em 24/7/2014 às 09h42)
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Após perderem a filha Helena, aos 5 anos, por conta de um tumor cerebral, Tatiana Piccardi, 54 anos, e seu ex-marido Luiz Maurício de Andrade Silva, 57 anos, ambos professores, decidiram transformar a dor familiar em uma construção solidária. Em setembro de 1999, a dupla criou a Associação Helena Piccardi de Andrade Silva (AHPAS), uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo oferecer transporte gratuito, especializado, confortável e regular a jovens com câncer, de baixa renda, durante o período de tratamento médico, na cidade de São Paulo.

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A ONG é pioneira nesse tipo de serviço, tendo atendido 200 jovens em 15 anos de existência. O traslado é feito, em sua maioria, dentro do Município de São Paulo, mas a empresa abre exceções para outras partes do País, oferecendo transporte aéreo aos hospitais paulistanos. “O jovem precisa ter sua dor aliviada para que vivencie dias mais harmoniosos. Oferecendo um bom acolhimento, nós podemos tentar diminuir seu sofrimento”, explica Tatiana.

O financiamento do projeto é feito com o apoio de empresas privadas, doações de pessoas físicas e eventos beneficentes. Com uma equipe de 11 pessoas contratadas e 80 voluntários, a empresa transporta cerca de 40 crianças e adolescentes, junto de seus cuidadores, por meio de vans aos hospitais. Todos os veículos visam garantir o máximo de conforto e segurança aos pacientes em tratamento oncológico.

Os carros contam com a presença de um motorista treinado e um voluntário devidamente sensibilizado, com o intuito de tornar o trajeto mais aconchegante. A entidade oferece lanchinhos, suco, água, travesseiros para apoio, cobertores, brinquedos, músicas, filmes, revistas e livros para entretenimento. Para os que estão em fase de quimioterapia, a equipe disponibiliza saquinhos plásticos e papel toalha, em caso de possíveis enjoos.

Além do transporte

A ONG mantém outros programas como o Educação em Movimento, que apoia e informa as famílias sobre o câncer e os direitos dos pacientes, e a inserção dos jovens em atividades educativas e culturais. Quando a criança ou adolescente não resiste e acaba falecendo, os pais podem participar de um núcleo de apoio aos enlutados para dividir a experiência dolorosa com outras pessoas.

“Nós deveríamos despertar nas pessoas o interesse pela necessidade de se pensar em questões complementares que possam garantir o acesso da criança a um tratamento adequado. O transporte visa à continuidade do processo podendo, dessa forma, favorecer a cura”, diz Tatiana Piccardi.

Em 8 de abril de 2015, Dia Mundial do Câncer, a entidade deve promover um fórum que discuta mobilidade urbana e as condições de tratamento da doença em São Paulo.

Fonte: Dialoog Comunicação
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