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Projeção estima quase 166 mil mortes até o começo de agosto

Estudo prevê que Brasil pode ter mais de 5,2 mil mortes diárias causadas pela covid-19, e não enxergam mais quando o País chegará ao pico

6 jun 2020 - 20h44
(atualizado às 20h57)
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Coveiros com trajes de proteção enterram homem morto pela Covid-19 em cemintério em São Paulo
04/06/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Coveiros com trajes de proteção enterram homem morto pela Covid-19 em cemintério em São Paulo 04/06/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A projeção do avanço do coronavírus no Brasil feita pela Universidade de Washington foi atualizada pela segunda vez, e agora prevê 165,9 mil mortes causadas pela covid-19 no País até 4 de agosto. A primeira estimativa para o Brasil, feita em 12 de maio, projetava 88 mil mortes. O dado foi alterado para 125,8 mil mortes no último dia 25 e novamente revisado neste sábado, dia 6.

Os pesquisadores não estimam mais quando o Brasil chegará ao pico, só traçam uma curva ascendente até o início de agosto, quando o País registrará mais de 5,2 mil mortes diárias, de acordo com a projeção. O intervalo possível traçado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, estima que o Brasil tenha ao menos 113 mil mortes e no máximo 253 mil até agosto. O modelo do IHME é o que tem embasado as políticas de saúde da Casa Branca.

As previsões são atualizadas conforme são obtidos novos dados, como número de infectados e internados, e também pode ser alterada de acordo com mudança nas políticas públicas adotadas em cada país. Nos Estados Unidos, a Casa Branca usou o IHME quando o presidente Donald Trump estimou, no fim de março, que entre 100 mil e 240 mil americanos poderiam morrer em decorrência da covid-19 na primeira onda de contágio, mesmo com a adoção das medidas de extremo distanciamento social. Sem o isolamento, disse Trump na época, o vírus poderia matar até 2 milhões de americanos.

Críticos ao modelo do IHME apontam que as projeções preveem um fim do pico de infecções mais rápido do que o que tem sido registrado, o que leva a número de mortes subestimado pelos pesquisadores da Universidade de Washington.

Estadão
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