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Primas ou irmãs? Especialista explica como pode ser a genética de filhas de gêmeas idênticas

Recentemente, gêmeas idênticas viralizaram na web ao explicar que suas filhas, apesar de serem primas, geneticamente serão como meias-irmãs

6 fev 2025 - 05h00
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Gêmeas idênticas Lorena Coelho Brasil Barroso e Larissa Coelho Brasil
Gêmeas idênticas Lorena Coelho Brasil Barroso e Larissa Coelho Brasil
Foto: Reprodução/Instagram

As gêmeas idênticas Lorena Coelho Brasil Barroso e Larissa Coelho Brasil engravidaram com quatro semanas de diferença e têm compartilhado nas redes sociais os desafios de viver a gestação juntas. Recentemente, elas viralizaram ao explicar que suas filhas, apesar de serem primas, geneticamente serão como meias-irmãs.

"Nossas filhas serão primas ou irmãs? Nós vimos que essa é uma dúvida que repercutiu muito nos comentários. As pessoas debateram muito sobre isso. Então nós procuramos um primo nosso, que é médico, pra nos explicar melhor sobre essa situação. Pelo grau de parentesco, pela árvore genealógica, elas obviamente serão primas, porque nós somos irmãs. Mas geneticamente falando, elas serão meias-irmãs", disseram elas em um vídeo que já acumula milhares de visualizações no Instagram.

Nos comentários, alguns internautas debateram a explicação das gêmeas e levantaram dúvidas sobre a possibilidade. Apesar da discussão gerada nas redes sociais, o geneticista Marcelo Szeremeta confirmou ao Terra que a explicação das irmãs está correta.

Szeremeta, que atua no Hospital Albert Einstein, é curador de variantes no CLINGEN-NIH, oncogeneticista do Instituto Paranaense de Oncologia e especialista em risco genético do câncer pelo Hospital City of Hope. Ele explica que gêmeos idênticos (monozigóticos) compartilham 100% do DNA, pois se originam do mesmo óvulo fertilizado, que se divide em dois embriões geneticamente idênticos.

Quando esses gêmeos têm filhos com parceiros diferentes, cada criança herda metade do DNA de seu respectivo pai ou mãe. No entanto, como os gêmeos idênticos possuem o mesmo material genético, seus filhos herdarão, em teoria, conjuntos de genes muito semelhantes da parte materna. Isso faz com que os primos tenham uma carga genética mais próxima do que a de primos convencionais.

"Do ponto de vista genético, os filhos de gêmeos idênticos são tão semelhantes quanto meios-irmãos. Normalmente, primos compartilham cerca de 12,5% do seu DNA, enquanto meios-irmãos compartilham cerca de 25%. No caso dos filhos de gêmeos idênticos, como as mães têm DNA idêntico, eles herdam material genético equivalente ao de meios-irmãos, já que receberam a mesma carga genética materna, apesar de terem pais diferentes", explicou.

De acordo com o especialista, como gêmeos idênticos compartilham o mesmo DNA, as gerações seguintes herdarão uma carga genética muito semelhante. Isso aumenta a probabilidade de que os filhos deles expressem características físicas e genéticas parecidas.

O geneticista também ressaltou que o parentesco genético entre os filhos de gêmeos idênticos pode ter implicações práticas, como maior compatibilidade para transplantes de órgãos ou doação de sangue. Isso ocorre porque a semelhança genética eleva as chances de compatibilidade em fatores como os antígenos HLA (antígenos leucocitários humanos), essenciais para procedimentos médicos desse tipo.

No caso das gêmeas Lorena e Larissa, como são geneticamente idênticas, suas filhas herdarão os mesmos genes maternos. Se os pais também tiverem perfis genéticos semelhantes, as crianças podem apresentar características físicas parecidas, como cor dos olhos, tipo de cabelo e traços faciais, mesmo sendo tecnicamente primas, explica o geneticista Marcelo Szeremeta.

Fonte: Redação Terra
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