Papa Francisco é diagnosticado com pneumonia bilateral; entenda a doença
Doença afeta os dois pulmões do pontífice e é considerada grave
O Papa Francisco foi diagnosticado com pneumonia bilateral. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 18, pelo Vaticano. De acordo com o comunicado, o quadro do pontífice é considerado "complexo".
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Ele havia sido hospitalizado inicialmente para tratar uma bronquite, que evoluiu para uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. Segundo a Santa Sé, o tratamento foi alterado após o diagnóstico. A doença tem afetado os dois pulmões de Francisco, por isso, é chamada de “bilateral”.
“As infecções respiratórias, em geral, são consequência de infecção de vírus, bactérias ou fungos. Eventualmente, pode acontecer a superposição. Então, inicia com um quadro viral e complica com uma infecção bacteriana ou uma infecção fúngica associada”, explica o médico pneumologista Elie Fiss, da Alta Diagnósticos, ao Terra.
Segundo o especialista, há vários fatores que podem ter agravado o quadro, independente do agente etiológico. Entre eles, comorbidades como diabetes ou doenças respiratórias crônicas, além da idade.
“Todos esses fatores somados, e pelo que eu sei pela imprensa, o papa tem uma sequela de tuberculose muito importante nos pulmões, tendo perdido um pedaço dele, sendo retirado. Ele tem uma doença prévia pulmonar, mais a idade, e isso é um fator de agravamento onde eleva muito a causa da mortalidade”, apontou o médico.
Tratamento e expectativas
De acordo com o médico, o tratamento para a condição será totalmente de suporte. “Então, hidratação, tudo o que for necessário, suporte ventilatório e o tratamento com antibiótico o mais amplo possível, antibióticos e antifúngicos, se necessário”, afirma.
“Nesta situação, o risco de óbito é muito elevado”, lamentou o especialista.