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Personagem de Humberto Carrão enfrenta leucemia em 'Vale Tudo'. Entenda a importância do patologista no diagnóstico da doença

Patologistas são a ponte entre o diagnóstico e o tratamento

4 out 2025 - 20h05
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O remake de Vale Tudo, exibido na TV Globo, trouxe de volta a história de Afonso, personagem vivido pelo ator Humberto Carrão, que enfrenta uma leucemia. Na ficção, a trama é marcada por emoção e reflexões sobre esperança. Fora da novela, porém, o diagnóstico e o tratamento desse tipo de câncer só são possíveis graças ao trabalho minucioso dos patologistas, especialistas responsáveis por analisar amostras de sangue, medula óssea e exames genéticos para identificar o subtipo da doença e orientar as condutas médicas. "O patologista é o médico responsável por definir o tipo exato de leucemia. Sem esse laudo, o hematologista ou o oncologista não consegue estabelecer o tratamento adequado", esclarece o médico Gustavo Engelman, especialista em patologia.

Humberto Carrão
Humberto Carrão
Foto: Divulgação / Mais Novela

Nome e sobrenome da doença

Segundo o médico, as leucemias se dividem em agudas ou crônicas e podem ser mieloides ou linfóides. Essa classificação não é apenas técnica. Ela muda completamente o tratamento. Enquanto alguns subtipos exigem quimioterapia intensiva ou transplante de medula, outros podem ser controlados com quimioterapia oral. "Costumo dizer que a doença precisa ter nome e sobrenome. Sem essa precisão, não há como indicar a terapia correta", afirma Engelman. Para chegar a esse grau de detalhamento, entram em cena exames de DNA, citogenética e imunohistoquímica, fundamentais para diferenciar os vários subtipos, especialmente nas leucemias mieloides agudas.

Bastidores do diagnóstico

O especialista reforça que o processo diagnóstico começa com a coleta de medula óssea, indicada pelo hematologista. A amostra é então analisada em laboratório, onde o patologista observa a morfologia celular e utiliza técnicas complementares, como imunohistoquímica e imunofenotipagem.

De acordo com Engelman, o laudo é uma interpretação integrada de dados clínicos, morfológicos, genéticos e laboratoriais. Conforme o médico, a experiência do patologista é decisiva, já que muitas vezes as células apresentam alterações sutis e nem sempre os marcadores se comportam como previsto.

Laudo como mapa e futuro da patologia

O resultado da análise é um documento que serve de guia para o tratamento. O especialista comenta que o laudo do patologista é como um mapa, trazendo informações prognósticas e pode até indicar resistência a determinadas terapias, principalmente com base em exames genéticos.

As inovações também já fazem diferença no diagnóstico. A patologia digital, que permite escanear lâminas e compartilhá-las on-line, facilita discussões entre especialistas no Brasil e no exterior, aumentando a precisão. Além disso, o avanço dos exames genéticos é outro campo promissor. "Estamos chegando ao sequenciamento de terceira geração, que gera bases de dados imensas e ajuda a prever resposta ou resistência ao tratamento", ressalta.

O médico lembra que apesar de raramente ter contato direto com o paciente, o patologista é peça-chave no combate ao câncer. "Cada lâmina que analisamos representa uma vida. Sem patologia, não existe oncologia", conclui.

Especialista

Em 2015, Gustavo se formou pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), campus Alfenas, em Minas Gerais. Ele fez residência médica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HC-FMRP USP) e especialização em Citopatologia e patologia oncológica no A. C. Camargo Cancer Center.

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