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O desafio das cidades médias no combate às drogas

Interiorização do consumo e novas políticas públicas exigem respostas locais mais estruturadas

12 out 2025 - 06h09
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Resumo
O consumo de drogas avança em cidades médias do Brasil, exigindo políticas públicas locais adaptadas, maior rede de apoio e estratégias intersetoriais para enfrentar os impactos sociais e de saúde.
Foto: Freepik

O Brasil vive uma transformação silenciosa: o consumo de drogas deixou de ser um problema restrito às grandes capitais e já afeta de maneira intensa cidades médias do interior. Com crescimento demográfico acelerado e oferta limitada de serviços especializados, municípios de 150 a 300 mil habitantes enfrentam um cenário em que a prevenção, o tratamento e a reinserção social se tornam urgências cotidianas.

A interiorização do problema

Dados recentes de levantamentos nacionais indicam que o uso abusivo de álcool e substâncias ilícitas cresce de forma mais rápida fora das capitais. O fenômeno é explicado por fatores múltiplos: maior poder de compra das famílias, rotas de tráfico mais interiorizadas e a falta de políticas preventivas nas escolas. Essa combinação transforma cidades médias em novos epicentros da questão.

O peso para famílias e comunidades

Em centros urbanos menores, os impactos são ainda mais visíveis. Famílias relatam dificuldade para lidar com dependência química, escolas enfrentam aumento de evasão e o comércio local sofre com furtos e violência relacionados ao consumo. Como a rede de apoio é limitada, o peso recai sobre comunidades religiosas, associações de bairro e pequenos grupos de apoio que tentam preencher o vácuo de políticas públicas estruturadas.

Políticas públicas em adaptação

Alguns municípios já perceberam que replicar modelos das capitais não funciona. Projetos locais de acolhimento, mutirões de prevenção e capacitação de profissionais de saúde da atenção básica têm sido estratégias mais efetivas. A aposta em ações intersetoriais — envolvendo saúde, educação e assistência social — mostra-se fundamental para dar conta de um problema que não respeita fronteiras.

O papel das instituições locais

Se nas capitais existem hospitais especializados e ampla rede de apoio, em cidades médias a resposta precisa ser mais criativa. Muitas vezes, pequenas unidades assumem a função de acolher, tratar e oferecer suporte às famílias. É nesse contexto que serviços específicos, como uma clínica de reabilitação, acabam se tornando referência regional, atendendo não apenas a população local, mas também moradores de municípios vizinhos que não têm acesso a esse tipo de estrutura.

Caminhos para o futuro

“A interiorização da rede de cuidado é inevitável. Isso significa fortalecer centros regionais, formar profissionais em número adequado e garantir financiamento contínuo. Sem essa estratégia, o avanço do consumo de drogas em cidades médias pode sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde e multiplicar os efeitos sociais negativos”, afirma Gil Duque, sócio da Clínica de Reabilitação em Divinópolis, Espaço Terapêutico Minas Gerais.

Mais do que números, o que está em jogo é a qualidade de vida de famílias inteiras que lutam diariamente contra a dependência. Trazer soluções para perto, adaptar políticas e envolver a comunidade são passos essenciais para transformar realidades.

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