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Nunca teve covid-19? A resposta pode estar nos seus genes

Pesquisa da Universidade de Oxford mostra que pessoas com um determinado gene tiveram a resposta imune da vacina intensificada

19 out 2022 - 15h40
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A razão pela qual algumas pessoas não foram infectadas pelo vírus causador da covid-19 no período de mais de dois anos da pandemia intriga os cientistas. Pesquisadores da Universidade de Oxford investigaram como os genes podem influenciar na resposta imune do corpo e podem ter descoberto informações importantes para solucionar essa dúvida.

As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Medicine no dia 13 de outubro e apontam para um gene que ajuda a gerar uma reação imunológica mais forte após as duas doses da vacina contra a covid-19 serem administradas. As pessoas que tinham o HLA-DQB1*06, uma variação do gene HLA (do inglês Human Leukocyte Antigen), tiveram uma resposta de anticorpos mais alta que as que não tem o gene.

No Reino Unido, duas em cada cinco pessoas têm esse alelo, e os cientistas chegaram à conclusão de que elas são menos propensas a serem infectadas pelo SARS-CoV-2 depois de terem sido vacinadas do que as demais. Isso se daria porque o gene HLA ajuda o sistema imunológico a distinguir as proteínas do próprio corpo das proteínas que são produzidas por vírus e bactérias.

Resistente à covid-19? Novas pesquisas ajudam a entender fatores genéticos que protegem pessoas

Pesquisadores avaliaram idosos acima de 90 anos e caso de gêmeos idênticos

Em outras partes do mundo, cientistas também estão tentando entender como a genética pode explicar que algumas pessoas estejam mais protegidas contra a covid-19 que as outras, o que pode significar que o mesmo seja verdade para outras doenças e ajudar no desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos.

No Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pesquisadores analisaram os dados de idosos com mais de 90 anos que se recuperaram da doença com sintomas leves ou que permaneceram assintomáticos após teste positivo para o novo coronavírus.

A análise indicou que os que tiveram covid leve apresentavam mais variantes do gene MUC22, ligado à produção de muco e lubrificação das vias respiratórias, o que pode significar que o gene reduz a resposta imune ativa contra o vírus enquanto protege as vias respiratórias, aumentando a resistência do indivíduo.

Cientistas da Fapesp também identificaram que a maior quantidade de um alelo do gene HLA-DOB pode estar relacionado a um agravamento da infecção. Esse gene tem maior ocorrência em pessoas africanas e sul-americanas e pode interferir na passagem de antígenos do vírus para a superfície celular, o que altera a capacidade do sistema imunológico de identificar esses antígenos e provocar uma resposta a eles.

Estadão
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