Onda de calor no Brasil: saiba como se proteger
Inmet mantém o alerta vermelho para onda de calor que atinge partes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país
As ondas de calor têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas no Brasil, especialmente durante o verão. Com temperaturas muito acima da média no final de dezembro em vários estados do país, esse fenômeno pode trazer riscos à saúde, como desidratação, queda de pressão, insolação e agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias. Por isso, adotar medidas de proteção é fundamental para atravessar esses períodos com mais segurança e bem-estar.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém o alerta vermelho para onda de calor que atinge partes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país, em especial os estados do Rio de Janeiro e São Paulo até segunda-feira, 29.
Esse é o maior grau entre os três alertas emitidos pelo instituto: amarelo, para perigo potencial; laranja, para perigo; e vermelho, para grande perigo.
"O corpo humano funciona como um sistema delicado de equilíbrio. Quando o calor é muito intenso, ou quando temos umidade e chuvas constantes, esse equilíbrio se rompe com facilidade, e isso pode gerar desde mal-estar leve até quadros graves, especialmente em pessoas vulneráveis", explica Dr. Armindo Matheus, diretor médico da Nova Saúde, esse clima combinado exige mais cuidado do que se imagina.
Durante ondas de calor, o organismo perde água mais rápido, o sistema cardiovascular trabalha sob pressão e a temperatura interna aumenta, podendo levar a desidratação, tontura, alteração da pressão arterial, exaustão e até desmaios.
"Um pouco de dor de cabeça, urina mais escura, cansaço fora do comum... muita gente ignora, achando que é só cansaço do dia a dia. Mas esses sinais mostram que o corpo está pedindo ajuda. Quanto mais cedo a pessoa se hidrata, se protege do sol e reorganiza sua rotina, menor a chance de desenvolver algo mais sério", orienta o médico.
A seguir, confira cinco dicas importantes para se proteger durante uma onda de calor:
1. Hidrate-se ao longo do dia
Beber água regularmente é indispensável, mesmo sem sentir sede. O calor intenso aumenta a perda de líquidos pelo suor, o que pode levar à desidratação. Água, água de coco e sucos naturais são boas opções. Bebidas alcoólicas e muito açucaradas devem ser evitadas, pois contribuem para a perda de líquidos.
2. Evite exposição ao sol nos horários mais críticos
Entre 10h e 16h, os raios solares são mais intensos e perigosos. Sempre que possível, evite atividades ao ar livre nesse período. Caso precise sair, procure locais com sombra e faça pausas frequentes.
3. Use roupas leves e protetor solar
Prefira roupas claras, leves e de tecidos naturais, como algodão, que facilitam a ventilação do corpo. Chapéus, bonés e óculos escuros ajudam a proteger do sol. O uso de protetor solar é indispensável, inclusive em dias nublados, com reaplicação a cada duas horas.
4. Mantenha os ambientes ventilados e frescos
Em casa ou no trabalho, mantenha janelas abertas para facilitar a circulação do ar. Ventiladores e aparelhos de ar-condicionado ajudam a reduzir a sensação térmica. Fechar cortinas e persianas durante o dia também contribui para diminuir o aquecimento dos ambientes internos.
5. Redobre a atenção com crianças, idosos e pets
Crianças, idosos e animais de estimação são mais vulneráveis aos efeitos do calor extremo. Ofereça líquidos com frequência, evite passeios em horários quentes e nunca deixe ninguém dentro de carros fechados, mesmo que por pouco tempo.
"O corpo das crianças ainda está em desenvolvimento e não consegue regular a temperatura com a mesma eficiência de um adulto. Já os idosos, por terem menor reserva hídrica e, muitas vezes, doenças associadas, desidratam mais rápido e percebem os sintomas mais tarde. Com eles, a prevenção precisa ser ainda mais rígida.", completa o especialista.
Em caso de sintomas como tontura, dor de cabeça intensa, náuseas ou confusão mental, é importante buscar atendimento médico.