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Mulheres afirmam sentir orgasmo no parto normal

23 mar 2009 - 15h06
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A respiração começa a ficar ofegante, as pernas tremem e pequenas ondulações invadem o corpo feminino. Essas não são as sensações que antecedem o ápice do prazer da mulher na relação sexual, mas sim um orgasmo sentido ao se dar à luz. É isso mesmo. Por mais estranho que possa parecer, algumas mulheres afirmam encontrar o êxtase durante o trabalho de parto normal.

Orgasmo no parto, mulher deitada na cama, 212x300
Orgasmo no parto, mulher deitada na cama, 212x300
Foto: Getty Images


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Controvérsias à parte, fato é que o assunto se alastra cada vez mais pela Internet e as mamães que juram ter passado pela experiência dividem a vivência em comunidades e blogs. Considerado por algumas como um novo movimento, chamado de Orgasmic Birth (algo como Orgasmo no parto, em tradução livre), o tema serviu de enredo para o documentário feito por Debra Pascali-Bonaro, cujo título é também

Orgasmic Birth

.



A diretora do filme dedica-se a ministrar palestras a enfermeiras e especialistas da área da obstetrícia com o intuito de divulgar métodos mais naturais para o parto, buscando maior saúde e bem-estar tanto para mãe quanto ao bebê. No Brasil, ela ajudou a implementar o programa de doulas, ou seja, acompanhantes que auxiliam a mulher a encontrar posições mais confortáveis na hora do parto e utilizam técnicas de massagem ou relaxamento para diminuir a dor; elas ainda fazem a interface entre a família e a equipe médica.



Nos seus 26 anos de experiência no assunto, Debra notou um significativo aumento de orgasmos no momento de se dar à luz. Essa evidência a impulsionou a gravar seu primeiro filme. Ao longo de cinco anos, a diretora colheu depoimentos e imagens de 11 casais que permitiram expor o nascimento de seus filhos no decorrer de 87 minutos.



Debra parte da teoria de que o parto é realizado cada vez mais de maneira mecanizada devido à tecnologia da medicina, o que nega a oportunidade à mulher de sentir as reais sensações desse momento, tais como o prazer e a satisfação de sentir-se plena e satisfeita com seu próprio corpo.



A advogada Isobel Patterson, 31 anos, é uma das que endossam a experiência como verídica. Em depoimento ao site do jornal

Times

, ela diz que não acreditava ser possível alguém chegar ao orgasmo ao parir até ter passado por isso. "Assim que minhas contrações se intensificaram e eu estava chegando perto de parir, lembro que as sensações começaram. Minha pélvis começou a se contrair involuntariamente e minhas pernas a tremerem semelhante a um longo orgasmo", afirmou à publicação. "Meu marido disse que eu gritava 'Oh, meu Deus. É tão lindo, é como fazer amor'", contou ao jornal.



Especialistas acreditam ser possível a mulher sentir prazer nesse momento. O obstetra Michel Odent, responsável pelo conceito de nascimento de crianças em piscinas, falou ao

Times

que orgasmos durante o parto normal devem ser reconhecidos como uma experiência natural. "Durante o trabalho de parto, há uma enorme alteração hormonal no corpo com aumento de prolactina, endorfinas e oxitocina. Essas substâncias de êxtase ajudam a empurrar o bebê", explicou o médico.



Já a antropóloga Sheila Kitzinger afirma que a mulher só consegue sentir prazer se estiver relaxada e à vontade. "Quando uma mulher está em trabalho de parto e as pessoas ficam dizendo como fazer e como respirar, ela não pode agir espontaneamente. Mas quando lhe é permitido, o nascimento da criança pode ser absolutamente maravilhoso", disse ao jornal. "Quando a cabeça do bebê alcança o períneo, ela estimula uma região erótica", falou à publicação.



Fonte: Redação Terra
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