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Ministério anuncia campanha de vacinação em escolas com meta de imunizar 90% dos estudantes

Profissionais de saúde irão até as unidades de ensino para checar a carteirinha dos alunos e aplicar as doses

10 abr 2025 - 13h26
(atualizado às 16h02)
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O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 10, um reforço no Programa Saúde na Escola, com aporte de R$ 150 milhões. A pasta informou que na segunda, 14, iniciará uma mobilização nacional do projeto, com foco em vacinação, que vai até o dia 25 deste mês.

Campanha nas escolas vai abranger estudantes de 9 meses a menores de 15 anos
Campanha nas escolas vai abranger estudantes de 9 meses a menores de 15 anos
Foto: Igor do Vale / Estadão / Estadão

De acordo com o governo, a meta da campanha é imunizar 90% dos estudantes de 9 meses a 15 anos. As vacinas prioritárias para cada faixa etária serão:

Para estudantes de 9 meses a menores de 5 anos:

  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
  • Tríplice bacteriana (DTP)

Para estudantes de 5 anos a menores de 15 anos:

  • Febre amarela
  • Tríplice viral
  • Tríplice bacteriana (DTP)
  • Meningocócica ACWY

Cerca de 80% das escolas públicas brasileiras fazem parte do programa, com adesão de 5.544 municípios. A estimativa do ministério é de quase 28 milhões de estudantes atendidos pelo Saúde na Escola.

Essas crianças e adolescentes seguem podendo ser vacinados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). De acordo com Ana Luiza Ferreira Rodrigues Caldas, secretária de Atenção Primária à Saúde, equipes de saúde de cada localidade se deslocarão para as unidades de ensino para incentivar a vacinação.

Após uma queda sem precedentes das taxas de imunização infantil, que teve início em 2016, o Ministério da Saúde anunciou no ano passado a melhora da cobertura de 13 vacinas infantis.

Apesar do avanço, os índices ainda estão abaixo das metas preconizadas pelo governo federal, que variam de 90% a 95%. A ideia da mobilização é justamente alcançar essas metas, segundo Ana Luiza. "Já melhoramos muito, mas ainda temos muito a melhorar."

"Queremos ampliar a cobertura vacinal e reduzir, em certa medida, (a carga de) doenças imunopreveníveis, principalmente com informação e educação em saúde para combater a desinformação que está cada vez mais frequente no nosso meio", disse ela.

O ministério informou que as escolas disponibilizarão aos pais e responsáveis um termo de autorização ou de recusa. Os profissionais de saúde farão a checagem da carteira de vacinação da criança ou adolescente na unidade de ensino.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que vê o Saúde na Escola como uma oportunidade para a vacinação contra o HPV, que há anos é alvo de desinformação. "O público de 9 anos até 14 anos, na adolescência, frequenta menos as unidades básicas de saúde e não é tão comum que os pais ou os responsáveis os levem até elas", disse. "Vamos aproveitar o espaço da escola não só para divulgar, mas para vacinar".

"Os imunizantes mais que dobraram nos últimos dez anos. Dar a oportunidade de a criança ser vacinada na escola é um alívio para os pais, que estão cada vez mais no mercado de trabalho", afirmou Mauro Guimarães Junqueira, secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

A ação de vacinação na escola também vai ajudar a identificar e mapear crianças que estão com vacinas atrasadas. "Se identificarem uma criança que, por exemplo, não teve o consentimento do pai (para a vacinação) ou não trouxe a caderneta de vacinação, (as equipes) podem marcar o atendimento em uma unidade básica de saúde ou visitar aquela família, exatamente para explicar sobre a importância da vacina."

Ana Luiza reforçou que o programa não trata apenas de imunização e, mesmo durante a mobilização com foco nisso, outras ofertas serão feitas à comunidade escolar, como educação em saúde mental e saúde bucal.

Estadão
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