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Gordura para tratamento de olheiras: estudo mostra eficácia

Gordura retirada do próprio paciente pode ser utilizada para preencher sulcos abaixo dos olhos com risco mínimo

11 abr 2025 - 06h44
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Resumo
Estudo aponta o enxerto de gordura autóloga como solução eficaz para olheiras estruturais, melhorando a aparência com alta taxa de satisfação e mínimo risco de complicações, além de oferecer benefícios regenerativos.
Gordura para tratamento de olheiras: estudo mostra eficácia:

Responsáveis por conferirem uma aparência cansada e envelhecida à face, as olheiras são comumente associadas à falta de sono. Mas essa não é a única causa do problema, então, dependendo do caso, mesmo várias horas de sono podem não ser suficientes para solucionar a alteração. 

“É muito comum que as olheiras sejam causadas por um problema estrutural, com diminuição das bolsas de gordura sob os olhos devido à genética, envelhecimento ou processo de emagrecimento. Com isso, forma-se um sulco profundo abaixo dos olhos com um aspecto escurecido”, diz a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

Mas, segundo um estudo publicado em fevereiro no periódico Aesthetic Plastic Surgery, o enxerto de gordura é uma estratégia eficaz para solucionar as olheiras estruturais, inclusive entre pessoas jovens.

O estudo incluiu dados de 88 pacientes com idade média de 25 anos que realizaram enxerto de gordura autóloga nas olheiras. “‘Autóloga’ quer dizer que a gordura utilizada para o procedimento é advinda do próprio paciente. Coletamos o material por meio de uma lipoaspiração de áreas com uma maior quantidade de volume. Em seguida, essa gordura é tratada para que possa ser injetada novamente no local desejado, como nas olheiras”, acrescenta ela.

No estudo, para o preenchimento das olheiras, foi utilizada uma técnica de injeção da chamada “micro fat” a nível profundo e, além disso, a camada superficial foi tratada com Fração Vascular Estromal. “A ‘micro fat’ é a gordura tratada para obtenção de partículas de um tamanho menor, que são ideais para serem usadas no preenchimento de sulcos, como aqueles abaixo dos olhos”, detalha a especialista. 

“Já a Fração Vascular Estromal (FVE) é um material rico em células-tronco, obtido a partir da gordura, que pode ser utilizado superficialmente para melhorar a firmeza, a qualidade e a textura da pele. É muito similar à famosa ‘nano fat’, partículas menores de gordura que também são utilizadas de maneira superficial com a mesma finalidade. A diferença é que a obtenção da FVE é feita por centrifugação, enquanto, para a nano fat, a gordura é tratada de maneira mecânica”, explica Beatriz.

Após o tratamento, os pacientes foram acompanhados por quase um ano e foram observadas melhorias significativas na aparência das olheiras sem qualquer complicação importante. Ao serem questionados sobre os resultados, 40,9% dos pacientes disseram estar muito satisfeitos, 56,8% ficaram satisfeitos e apenas 2,3% mantiveram-se neutros. “Ou seja, o enxerto de gordura mostrou-se uma estratégia altamente eficaz no tratamento de olheiras estruturais, inclusive entre indivíduos jovens, com alta satisfação dos pacientes e risco mínimo de complicações”, ressalta a cirurgiã plástica.

Beatriz Lassance ainda acrescenta que, atualmente, existem outras opções, como o preenchimento de ácido hialurônico, que também pode ser utilizado para conferir volume à região de maneira eficaz e segura. Mas o enxerto de gordura possui vantagens. 

“Primeiro, a gordura não é totalmente absorvida pelo organismo. Cerca de 50% do material enxertado permanece, contribuindo assim para a longevidade do resultado. Além disso, o enxerto de gordura não é apenas um simples preenchimento. É um tratamento regenerativo, pois contém elementos como as células-tronco, que, eventualmente, vão se tornar células de gordura, fibroblastos e fibras de colágeno, assim contribuindo para o efeito do procedimento”, destaca a médica, que, por fim, ainda afirma que o enxerto de gordura também pode ser realizado em outras regiões da face. “Podemos adicionar gordura em áreas de depressão, como região temporal, bochechas, sulcos nasolabiais, linhas de marionete e, às vezes, no próprio lábio”, finaliza.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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