Estudo: grávidas expostas ao celular podem prejudicar o bebê

Mais uma vez os celulares viram alvo de estudo, agora, como possíveis causadores de problemas à saúde mental. Especialistas alertam que mulheres grávidas expostas ao aparelho podem contribuir para que suas crianças tenham mais chance de desenvolver problemas comportamentais. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Pesquisadores da Universidade de Yale descobriram que a exposição dos bebês, ainda no útero, à radiação dos telefones celulares, pode afetar o desenvolvimento do cérebro, levando a uma uma maior atividade, ansiedade e memória fraca. Eles concluíram que os celulares podem causar um efeito negativo nos bebês no útero, após experiências feitas com camundongos.

No entanto, especialistas britânicos desprezam a hipótese, e acreditam que é "irresponsável" especular sobre os riscos de radiação nestes casos. Para eles, a recomendação é "alarmista e injustificada". Eles alegam que os animais provavelmente foram expostos a uma dose de radiação proporcionalmente maior do que quando comparado à que um bebê receberia. Eles também acrescentam que enquanto o corpo todo dos ratinhos está exposto, uma mulher grávida tende a manter o telefone celular ao menos um metro de distância do seu útero.

Outros especialistas reforçam que a comparação é impossível entre roedores e humanos, porque os ratos nascem com um cérebro em um estágio muito menos desenvolvido quando comparado ao de um bebê.

O estudo realizado pelos pesquisadores de Yale foi publicado no Journal Scientific Reports, focado no crescimento do número de crianças com desordens de atenção e hiperatividade. Após identificar a mudança no padrão de comportamento dos ratos expostos à radiação, os pesquisadores assumem que é preciso fazer os testes em humanos para comprovar os efeitos.

Especialistas de diversas outras universidades acreditam que as conclusões são precoces. Um porta-voz da Health Protection Agency disse ao jornal que os autores deste estudo devem reconhecer que a pesquisa tem certas limitações. "Muitos estudos sobre os efeitos de ondas radioativas à saúde têm sido publicados ao longo das décadas". Ele reiterou que a agência monitora os resultados de todos os estudos relacionados.

Outra pesquisa controversa acerca do tema foi publicada há dois anos, por cientistas da University of California, em Los Angeles. Eles concluíram que crianças expostas a telefones celulares, quando ainda no útero, poderiam ter 30% mais chances de desenvolverem problemas comportamentais ao completarem 7 anos de idade.

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