Equipe de Hungria e Ministério da Saúde se contradizem sobre intoxicação por metanol; entenda
Cantor recebeu alta no último domingo, 5, após ser internado na UTI
O cantor Hungria recebeu alta no último domingo, 5, após ser internado por suspeitas de intoxicação por metanol. Segundo a equipe do rapper, foi constatada a contaminação, o que contradiz a versão dada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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Em comunicado enviado ao Terra, a assessoria de imprensa do cantor afirmou que foi constatada a contaminação. "O cantor Hungria apresentou quadro compatível com intoxicação por álcool tóxico (metanol), após ingestão de bebida alcoólica possivelmente adulterada. De acordo com exames laboratoriais realizados pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, cujo resultado foi liberado em 06 de outubro, foi detectada a presença de metanol no sangue (0,54 mg/dL), acima do limite de referência (até 0,25 mg/dL). O resultado confirma a exposição à substância, e a equipe médica aguarda os exames de contraprova", diz o comunicado.
A equipe de Hungria também afirma que ele foi submetido ao tratamento utilizado em casos de intoxicação. "O artista recebeu tratamento conforme protocolo médico para intoxicação por metanol, incluindo o uso de antídoto e hemodiálise precoce, medidas fundamentais para sua excelente evolução clínica. Atualmente, Hungria está em boa recuperação e retomando sua agenda de shows, permanecendo em acompanhamento médico sob os cuidados do Dr. Leandro Machado."
O Terra teve acesso ao exame realizado por Hungria. O laudo mostra que o sangue do rapper apresentava concentração de metanol de 0,54 mg/dL, maior do que o valor de referência de até 0,25 mg/dL. Porém, o valor não chega a uma concentração maior do que 20,0 mg/dL, considerada tóxica.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o caso do rapper não se enquadra como infecção por metanol. "Durante o acompanhamento, foi feito - já tinha sido solicitado - o exame para detecção de metanol pela rede privada. Mas o ministério, naquele momento, ajudou com o acesso a um centro de referência de toxicologia do SUS, que fez a detecção mais rápido, descartando a presença de metanol. Foi descartada a presença do metanol no sangue, não só do metanol, mas também dos derivados do metanol, que é o ácido fórmico, que é de fato aquele que tem agressão ao sistema nervoso central", declarou em entrevista ao portal Metrópoles.
Na última sexta-feira, 3, a Polícia Civil do Distrito Federal descartou, após a realização de exames, a presença de metanol nas garrafas de bebida consumidas por Hungria. Porém, o rapper consumiu bebidas alcoólicas durante viagem a São Paulo para realizar shows no interior do estado.