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Descubra por que ereção prolongada pode ser prejudicial

18 dez 2009 - 09h05
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Não deve existir um homem sequer que não se preocupe em conseguir uma ereção. Afinal, nada é pior do que broxar na hora H. Sim, este é um dos maiores pesadelos masculinos. Mas muitos não sabem que o contrário, e em excesso, pode ser um problemão e tanto. A dificuldade de controlar uma ereção, que pode ocorrer de forma indesejada e durar muito mais que o esperado, tem um nome e é uma doença. Trata-se do priapismo.

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O problema é caracterizado por uma ereção que dura mais de quatro horas, não é despertada pelo desejo sexual, mas por disfunções orgânicas. Causa dores e alguns outros inconvenientes fáceis de imaginar. Ao notar o problema, que atinge de um a três homens em cada 100 mil, o ideal é buscar um médico o quanto antes, para evitar que a situação se agrave, podendo causar até impotência. O nome da doença é inspirado no deus grego Príapo, filho de Afrodite, conhecido pelo seu falo longo e ereto. Quer saber mais? O urologista André Cavalcanti respondeu a 10 questões sobre a doença.

1) Quais são as causas do problema, existe alguma situação em que a doença se manifesta mais comumente (como não voltar à flacidez depois do orgasmo) ou ela vem de repente, sem nada que a estimule?

O problema pode ser ocasionado por doenças hematológicas, como a anemia falciforme e a leucemia, que dificultam a drenagem do sangue. O uso de medicamentos antidepressivos, de drogas como cocaína e o álcool, de injeções para estimular a ereção - vasodilatadores utilizados no tratamento da disfunção erétil, como a prostaglandina - ou até mesmo um trauma sobre o pênis também podem provocar a ereção prolongada e indesejada que caracteriza o mal. Em alguns casos, no entanto, o priapismo pode aparecer sem que se consiga apontar uma causa que o justifique.

2) Como é o tratamento? Tem cura?

O tratamento mais comum é aplicar injeções de medicamentos específicos no pênis, para provocar o fechamento dos vasos sanguíneos. Também fazemos drenagem e lavagem do corpo cavernoso - tecido erétil do pênis, tentando restabelecer a condição de flacidez. Em último caso, recorremos à cirurgia. A cura é perfeitamente possível.

3) A ereção prolongada pode acontecer uma única vez ou é um problema recorrente?

Não costuma ser recorrente, pode acontecer esporadicamente. De qualquer forma, é fundamental contar com acompanhamento médico tão logo seja detectado o sintoma.

4) O uso de medicamentos para disfunção erétil ¿ como o Viagra -, sem prescrição médica, pode levar ao priapismo?

As descrições na literatura são mínimas, e o risco, muito baixo. A associação de vários medicamentos diferentes tem mais relação com o aparecimento do problema.

5) Qual a incidência do problema? Ele acomete jovens também?

Sim. O mal afeta homens de todas as idades. A prevalência, entre a população masculina brasileira, é de um a três casos em cada 100 mil homens.

6) O priapismo pode levar à impotência?

Sim. Sem o tratamento adequado, o mal pode evoluir para uma fibrose do tecido erétil. Daí a importância de procurar um médico o mais rápido possível.

7) O problema pode desencadear doenças mais graves, além da impotência?

Não. Mas pode ser o primeiro sinal de uma doença hematológica, como a anemia falciforme ou a leucemia.

8) É hereditário ou transmissível?

Não.

9) Existe diferença física entre uma ereção normal e a do priapismo? É possível aproveitar a ereção para manter a atividade sexual por várias horas seguidas?

O priapismo não está associado a uma rigidez da glande. Normalmente, é apenas o corpo cavernoso que fica ereto. Por isso, é possível que se note uma pequena diferença na aparência do pênis. O problema também costuma provocar muita dor e, nessa situação, é impossível ter uma relação sexual.

10) Durante quanto tempo o problema pode persistir?

O quadro pode perdurar por vários dias, mas o ideal é que o atendimento médico seja imediato. Se a ereção se mantiver por mais de seis horas, já é sinal de que a intervenção clínica é necessária.

Fonte: Especial para Terra
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