PUBLICIDADE

Coronavírus: Brasil tem mais curados do que infectados

Há hoje 9.704 pacientes da covid-19 oficialmente contabilizados pelo governo; total de recuperados chega a 14.026 no Brasil

14 abr 2020 - 23h01
(atualizado às 23h20)
Compartilhar
Exibir comentários
 
Imagem de vídeo mostra Gina Dal Colleto, sobrevivente do coronavírus de 97 anos, deixando hospital em São Paulo
12/04/2020 Courtesia da Rede D'Or São Luiz/Rede Social via REUTERS
Imagem de vídeo mostra Gina Dal Colleto, sobrevivente do coronavírus de 97 anos, deixando hospital em São Paulo 12/04/2020 Courtesia da Rede D'Or São Luiz/Rede Social via REUTERS
Foto: Reuters

BRASÍLIA - Os dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira, 14, apontam que o total de pessoas que se recuperaram da contaminação do coronavírus supera o número de pacientes internados ou que aguardam o resultado de seus exames.

Há hoje 9.704 pacientes da covid-19 oficialmente contabilizados pelo governo, enquanto o total de recuperados chega a 14.026, o que representa 55% dos que testaram positivo. É preciso ponderar, no entanto, que há um grande volume de subnotificações, ou seja, casos de contaminações desconhecidos nas estatísticas oficiais, o que elevaria consideravelmente o número de doentes.

Em São Paulo, por exemplo, onde há quase 9 mil pessoas contaminadas, o próprio governo estadual calcula que este número, na realidade, já chegue a 100 mil habitantes.

Das 25.262 pessoas infectadas pela covid-19 em todo o País até hoje, 1.532 morreram, segundo dados atualizados até esta terça-feira. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que, para monitorar a situação dos leitos nos hospitais, a pasta passou a exigir que hospitais públicos e privados submetam frequentemente dados atualizados sobre a ocupação dos leitos de UTI, mesmo aqueles que não estão reservados para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

As informações são necessárias para que o ministério saiba para quais regiões do País deve emitir alertas sobre riscos de colapso na rede de atendimento. "A gente passa a ter informação mais precisa sobre disponibilidade dos leitos e em quais hospitais vamos perceber que precisamos emitir algum aviso de alerta para essa questão de que estamos já chegando ao limite do atendimento. É super importante isso", afirmou o secretário.

O chefe do ministério, Luiz Henrique Mandetta, destacou que as medidas de contenção do avanço do vírus levam 14 dias para fazer efeito. Por isso, pediu para que a população não considere que "está tudo encerrado". "Então, é bom ficar muito atento porque às vezes a pessoa pode ver e achar que está tudo encerrado", disse Mandetta. No domingo, em encontro com líderes religiosos, o presidente Jair Bolsonaro disse que "está começando a ir embora essa questão do vírus".

Veja também:

O drama das periferias brasileiras em meio à pandemia:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade