Coração de mulher na menopausa: atenção redobrada
Como a queda hormonal afeta o risco cardiovascular e o que fazer para proteger o coração nessa fase da vida
A menopausa é uma fase de grandes transformações no corpo feminino, indo muito além das mudanças hormonais. Estudos mostram que, após esse período, a prevalência de doenças cardiovasculares e a mortalidade relacionada a essas condições aumentam de forma significativa. O impacto é ainda mais acentuado quando a menopausa ocorre precocemente, antes dos 40 anos, pois a perda do efeito protetor do estrogênio acontece mais cedo, elevando os riscos ao longo da vida.
Por que o coração da mulher se torna mais vulnerável?
A principal razão está na queda do estrogênio, hormônio que protege o coração. Essa redução provoca:
- Aumento do colesterol ruim (LDL) e redução do colesterol bom (HDL);
- Maior tendência à resistência à insulina e ao diabetes;
- Alterações na pressão arterial;
- Mudanças na elasticidade das artérias.
Quando esses fatores se combinam a riscos já existentes — como tabagismo, sedentarismo e histórico familiar — a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares cresce consideravelmente, tornando indispensável o acompanhamento médico regular.
Sintomas que não podem ser ignorados
Muitas mulheres na menopausa apresentam sinais de alerta que frequentemente passam despercebidos. Entre os principais estão:
- Cansaço excessivo, uma fadiga sem causa aparente;
- Falta de ar em atividades simples do dia a dia;
- Palpitações, percebidas como batimentos cardíacos irregulares ou acelerados;
- Dor no peito, um desconforto que pode ser confundido com outras condições de saúde.
Diante desses sintomas, é fundamental procurar avaliação médica para garantir um diagnóstico preciso e seguro.
Estratégias para proteger o coração
Manter hábitos saudáveis é a forma mais eficaz de reduzir os riscos cardiovasculares nessa fase. Alguns passos importantes incluem:
- Alimentação balanceada, priorizando frutas, vegetais e grãos integrais, e evitando gorduras saturadas;
- Prática regular de exercícios físicos, pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, para controlar o peso e manter o índice de massa corporal saudável;
- Exames periódicos para monitorar pressão arterial e níveis de colesterol;
- Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Em certos casos, a reposição hormonal pode trazer benefícios. Quando indicada e acompanhada por um especialista, ela ajuda a preservar a saúde cardiovascular e melhora sintomas que impactam diretamente a qualidade de vida.
Conclusão
A menopausa representa uma etapa de mudanças profundas, especialmente no que diz respeito à saúde do coração. Estar atenta aos sinais de alerta e adotar medidas preventivas é fundamental para proteger o organismo. Conscientização, hábitos saudáveis, acompanhamento médico regular e, quando indicado, o uso de reposição hormonal são elementos-chave para atravessar essa fase com mais segurança, vitalidade e longevidade.