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Conheça os riscos de se fazer um blush permanente

27 fev 2025 - 06h49
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Resumo
O procedimento de blush permanente é uma micropigmentação que deposita pigmentos rosados na pele, mas especialistas alertam para os riscos e desaconselham a maquiagem definitiva.
Conheça os riscos de se fazer um blush permanente:

Muitos criadores de conteúdo em redes sociais como TikTok e Instagram começaram a publicar vídeos mostrando uma técnica de blush permanente, em que é realizada uma micropigmentação com pigmentos rosados geralmente nas bochechas. 

“O objetivo é dar cor às bochechas, simulando o efeito natural do blush tradicional. Ele é realizado por meio da micropigmentação, uma técnica que deposita pigmentos na camada superficial da pele, proporcionando um tom rosado ou pêssego de longa duração”, explica a dermatologista Mackerley Bleixuvehl de Brito, da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP). 

Mas o procedimento é como uma tatuagem e a SBD-RESP destaca que os riscos vão desde alteração de cor com o tempo a arrependimento e dificuldade para remover pigmentos. Além disso, o paciente pode desenvolver cicatrizes e queloides, ter uma assimetria ou resultado artificial, além de sentir dor intensa e inflamação prolongada. 

“Antes de qualquer procedimento com resultado definitivo ou duradouro, deve-se refletir muito. Se a expectativa não for alcançada ou se houver arrependimento, a retirada é uma opção sempre mais dolorosa, com resultados variáveis e impacto emocional. Dependendo do tipo de pigmento usado, durante o processo de retirada, pode haver ainda mudança de coloração”, diz a dermatologista Sylvia Ypiranga, membro da diretoria da SBD-RESP.

No procedimento, os pigmentos rosados são depositados na pele por meio de um dispositivo chamado dermógrafo, que realiza microlesões na pele para inserir o pigmento. “Essa técnica estética é semelhante à micropigmentação de sobrancelhas”, explica a dermatologista Raquel Monteiro de Morais, da SBD-RESP. 

Pessoas que buscam esse tipo de técnica costumam desejar um efeito de bochechas coradas permanentemente, proporcionando um aspecto de "pele saudável" e a praticidade de não precisar retocar a maquiagem com frequência. Os médicos, no entanto, desaconselham a maquiagem permanente: “A aplicação do blush tradicional não é tão difícil, pode acompanhar a moda e não envolve os riscos da definitiva”, pondera Sylvia. 

“É fundamental ter cuidado antes de realizar o blush permanente. O procedimento não deve ser feito em peles que não estejam íntegras ou sem antes garantir que não haja nenhuma doença de pele pré-existente. Indivíduos com pele sensível, doenças inflamatórias ativas (como acne ou rosácea) ou que apresentam problemas de cicatrização podem sofrer um agravamento dessas condições após a micropigmentação. Além disso, há o risco de reativação de doenças infecciosas, como o herpes, e também de reações adversas ao pigmento, incluindo a possibilidade de rejeição como corpo estranho”, diz Raquel. 

Pacientes gestantes e lactantes, com lesões de pele na região do procedimento e pacientes com histórico pessoal de formação de cicatrizes queloideanas não devem fazer o procedimento.

Mackerley Bleixuvehl de Brito ainda reforça que, caso o paciente decida fazer, antes do procedimento ele deve escolher um profissional qualificado. 

“Verificar se o profissional tem experiência, boas avaliações e utiliza materiais descartáveis e esterilizados. Deve-se evitar medicamentos anticoagulantes e anti-inflamatórios, como aspirina e ibuprofeno, que podem aumentar o risco de sangramento. É muito importante hidratar a pele, pois ajuda na fixação do pigmento. E não realizar procedimentos como peeling químico ou laser pelo menos 15 dias antes. Após o procedimento, deve-se evitar a exposição ao sol, não entrar em piscinas, saunas e mar por 15 dias, não utilizar maquiagem na região por 07 dias e não manipular as crostas que podem se formar”, diz Mackerley.

Por fim, caso o paciente necessite remover o blush permanente, a SBD-RESP recomenda o tratamento a laser como o mais eficaz para remover tatuagens. “O processo de remoção de tatuagem com laser funciona por meio de fototermólise seletiva, que quebra o pigmento. O número de sessões necessárias depende das características da micropigmentação, como a cor, o tamanho, a profundidade e a idade. O procedimento pode causar desconforto, por isso, pode ser necessário o uso de anestésico local. Após a aplicação, é recomendado o uso de bolsas de gelo e protetor solar”, finaliza a diretora da SBD-RESP.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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