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Conheça o teste genético que ajudou Angelina Jolie a prevenir o câncer de mama

Em 2013, Angelina Jolie passou por um teste que identificou mutações herdadas em genes ligados à predisposição ao câncer de mama. Assim, ela passou pela mastectomia dupla. Saiba que teste é esse.

18 dez 2025 - 06h33
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O caso de Angelina Jolie chamou a atenção do mundo para um tipo específico de exame genético que avalia o risco de câncer de mama e de ovário. Em 2013, a atriz passou por um teste que identificou mutações herdadas em genes ligados à predisposição ao câncer. Assim, isso influenciou diretamente uma decisão médica preventiva, com mastectomia dupla, retirando ambas as mamas. Desde então, esse tipo de exame passou a ser mais discutido em consultórios, hospitais e na mídia, despertando dúvidas sobre para quem ele é indicado e como funciona.

Esse exame não faz um diagnóstico de câncer, mas aponta se a pessoa carrega determinadas alterações genéticas que aumentam a chance de desenvolver a doença ao longo da vida. A partir desse resultado, médicos especialistas conseguem traçar estratégias de acompanhamento, rastreamento mais rigoroso e, em alguns casos, cirurgias de redução de risco. O episódio envolvendo a atriz tornou o tema mais conhecido e ajudou a ampliar o debate sobre prevenção oncológica baseada em genética.

O exame realizado por Angelina Jolie é um teste genético para detecção de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 – depositphotos.com / 18percentgrey
O exame realizado por Angelina Jolie é um teste genético para detecção de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 – depositphotos.com / 18percentgrey
Foto: Giro 10

O que é o exame genético BRCA para câncer de mama?

O exame realizado por Angelina Jolie é um teste genético para detecção de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. Esses genes fazem parte de um grupo responsável pela reparação do DNA das células. Quando apresentam falhas, a capacidade de corrigir danos genéticos diminui, o que pode favorecer o surgimento de tumores, especialmente em mamas e ovários. Por isso, o termo "teste BRCA" se tornou uma palavra-chave importante quando o assunto é risco hereditário de câncer de mama.

De forma simplificada, esse exame procura identificar se existem mutações específicas nos genes BRCA1 e BRCA2 que sejam conhecidas por elevar significativamente o risco de câncer. Esse risco não significa certeza de adoecimento, mas uma probabilidade maior em comparação à população geral. Em alguns casos, são analisados também outros genes relacionados à predisposição ao câncer, por meio de painéis genéticos ampliados, a depender da indicação médica.

Como funciona o teste BRCA1 e BRCA2?

O teste BRCA1 e BRCA2 é realizado a partir de uma amostra de sangue ou de saliva, coletada em laboratório ou clínica especializada. O material é enviado a um serviço de genética, onde o DNA é extraído e sequenciado. A análise busca identificar alterações específicas, chamadas de mutações patogênicas, nos genes relacionados ao câncer de mama hereditário. Esse processo é altamente tecnológico e exige interpretação por profissionais treinados em genética.

Em geral, o caminho até o exame inclui uma avaliação com geneticista ou oncologista, que considera fatores como histórico familiar e idade em que parentes receberam diagnóstico de câncer. Depois do resultado, costuma haver uma consulta de retorno para explicação detalhada. Nessa etapa, o profissional esclarece se a mutação encontrada está associada a maior risco de câncer e quais condutas podem ser sugeridas, sempre com base em evidências científicas e em protocolos atualizados.

Quando o teste genético para câncer de mama é indicado?

O exame tecnológico que identificou as mutações em Angelina Jolie não é, em geral, solicitado para toda a população. Ele costuma ser indicado em situações específicas, principalmente quando existe suspeita de síndrome de câncer de mama e ovário hereditário. Alguns cenários frequentemente considerados são:

  • Histórico de câncer de mama em parentes de primeiro grau em idade jovem (por exemplo, antes dos 40 anos).
  • Casos de câncer de mama em homens na família.
  • Ocorrência de câncer de ovário em familiares próximos.
  • Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama ou ovário em gerações diferentes.
  • Diagnóstico de câncer de mama bilateral ou de tumores múltiplos relacionados.

Mesmo assim, a decisão de realizar o teste genético é sempre individualizada. O histórico familiar e pessoal, a disponibilidade de acompanhamento adequado e o impacto que o resultado pode ter na rotina de exames e tratamentos são pontos avaliados com cuidado. A orientação especializada é considerada essencial para evitar interpretações equivocadas e decisões precipitadas.

Quais decisões podem ser tomadas após um teste positivo para BRCA?

Quando o teste genético identifica uma mutação em BRCA1 ou BRCA2, como ocorreu com Angelina Jolie, diferentes medidas de redução de risco podem ser discutidas. Entre as possibilidades, destacam-se:

  1. Vigilância intensificada: rastreamento mais frequente, com mamografia, ressonância magnética de mamas e acompanhamento regular com especialistas.
  2. Uso de medicações de risco reduzido: em alguns contextos, podem ser indicadas drogas que diminuem a probabilidade de desenvolvimento de tumores de mama.
  3. Cirurgias redutoras de risco: procedimentos como a mastectomia profilática (retirada preventiva das mamas) e, em determinadas situações, a remoção preventiva dos ovários e trompas.

Essas condutas não são obrigatórias e tampouco únicas, variando conforme idade, desejo de ter filhos, condições de saúde e preferências pessoais. A decisão é tomada em conjunto com a equipe médica, levando em conta riscos, benefícios e limitações de cada abordagem. O caso amplamente divulgado da atriz evidenciou justamente esse tipo de escolha preventiva baseada em um exame tecnológico de alta complexidade.

O histórico familiar e pessoal, a disponibilidade de acompanhamento adequado e o impacto que o resultado pode ter na rotina de exames e tratamentos são pontos avaliados com cuidado – depositphotos.com / AndrewLozovyi
O histórico familiar e pessoal, a disponibilidade de acompanhamento adequado e o impacto que o resultado pode ter na rotina de exames e tratamentos são pontos avaliados com cuidado – depositphotos.com / AndrewLozovyi
Foto: Giro 10

O exame tecnológico de Angelina Jolie mudou o debate sobre prevenção?

O teste genético de BRCA feito por Angelina Jolie, que resultou na identificação de mutações e na mastectomia preventiva em 2013, contribuiu para ampliar a discussão mundial sobre câncer de mama hereditário e medicina personalizada. Após a divulgação de seu relato, aumentou o interesse por exames de predisposição genética e pela busca de informações confiáveis sobre rastreamento e prevenção.

Atualmente, em 2025, o acesso a testes genéticos se expandiu em diversos países, embora ainda existam diferenças importantes entre sistemas de saúde públicos e privados. A recomendação central, no entanto, permanece semelhante: antes de qualquer decisão, é fundamental que a pessoa seja avaliada por profissionais habilitados em genética e oncologia, para que o exame seja indicado de forma adequada e os resultados sejam interpretados com precisão. Dessa forma, o mesmo tipo de exame tecnológico que influenciou a trajetória de Angelina Jolie pode ser utilizado como ferramenta de planejamento em saúde, sempre dentro de um contexto clínico bem definido.

Giro 10
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