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Caroço no testículo pode ser indício de câncer

Está com um caroço no testículo? Conheça possíveis causas desses nódulos e a importância do autoexame

11 mar 2016 - 19h45
(atualizado às 19h45)
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Ao realizar um autoexame, você constata que está com um caroço no testículo, e, então, o que faz? A resposta natural seria a de procurar um especialista, afinal poder ser indício de câncer, mesmo essa não sendo a única causa possível. No entanto, nem sempre funciona assim.

O homem, historicamente, é mais relapso com sua saúde do que a mulher, em especial quando o assunto é o seu órgão reprodutor. Em pesquisa recente realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia em São Paulo, constatou-se que 49% dos paulistas nunca consultaram um urologista.

Existem diferentes causas benignas para os nódulos testiculares
Existem diferentes causas benignas para os nódulos testiculares
Foto: iStock/Getty Images / Vivo Mais Saudável

Caroço no testículo: O que pode ser?

Os dados são preocupantes, especialmente se um dos sintomas apresentados for um caroço no testículo. Como dito anteriormente, isso pode ser indício de câncer, mas essa não é a única causa possível, conforme explica o presidente da Seccional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-MG), Lucas Nogueira.

“Várias condições podem causar nódulos testiculares ou paratesticulares. Além do câncer, entre as principais causas podemos citar: trauma, espermatocele, hematocele, varicocele, epididimite e orquite”, enumera.

Para facilitar o diagnóstico, a história clínica, a idade do paciente e a progressão do quadro, com o auxílio da realização da ultrassonografia do escroto, normalmente não são o suficientes.

Diagnóstico de câncer testicular

Seu caroço no testículo era um indício de câncer. Acalme-se! "As chances de cura são superiores a 98%", tranquiliza Nogueira, mesmo em doenças mais avançadas. O importante é que o tratamento seja corretamente realizado.

O câncer de testículo acomete geralmente uma população mais jovem, de 15 a 35 anos. Segundo o especialista, homens com história de criptorquia - quando o testículo não desce para a bolsa escrotal - e processos inflamatórios ou infecciosos prévios apresentam maior risco.

Na maioria das vezes, a doença aparece como uma nodulação ou massa em um dos testículos, com crescimento progressivo, geralmente indolor. Não está descartado, em alguns casos, se houver dor local, abdominal ou na região inguinal, além de inchaço e enrijecimento de todo o testículo.

Importância do autoexame

Justamente por ser indolor na maiorias das vezes, o autoexame é tão importante para diagnóstico precoce da doença. O urologista orienta como o procedimento deve ser realizado:

“O autoexame deve ser feito em pé, de preferência após um banho quente. Os testículos devem ser examinados utilizando o polegar e o indicador, que percorrerão toda a superfície exercendo uma pequena pressão, à procura de nodulações ou áreas enrijecidas. Uma dor leve pode ser comum durante o procedimento”, completa.

O tratamento do câncer testicular varia de caso para caso, conforme o avanço da doença. Na maioria das vezes, inicia-se o procedimento com a retirada do testículo acometido. Depois, segundo o especialista, acontece a análise do tipo de tumor e o estadiamento, a descrição do estágio da doença, por meio de exames laboratoriais e de imagem.

Podem ser ainda necessários quimioterapia, radioterapia ou novo procedimento cirúrgico, dependendo de cada caso. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens.

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