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'Câncer do 11 de setembro': o que é doença que acomete sobreviventes do atentado às torres gêmeas

Mais de 20 anos após tragédia, milhares sofrem com problemas de saúde crônicos

11 set 2025 - 20h49
(atualizado às 21h00)
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Resumo
Mais de 20 anos após os atentados de 11 de setembro, milhares de sobreviventes e socorristas enfrentam problemas de saúde crônicos, principalmente cânceres, devido à exposição a toxinas liberadas na tragédia.
‘Câncer do 11 de setembro’: o que é doença que acomete sobreviventes do atentado às torres gêmeas
‘Câncer do 11 de setembro’: o que é doença que acomete sobreviventes do atentado às torres gêmeas
Foto: Robert Giroux / Getty Images

Mais de 20 anos após os ataques de 11 de setembro, em Nova York, nos Estados Unidos, milhares de pessoas seguem sofrendo com problemas de saúde crônicos. É o que diz um estudo divulgado pelo Programa de Saúde do World Trade Center, instituição federal que fornece monitoramento médico para os afetados pela tragédia.

Segundo dados, publicados no The New York Times, cerca de 48,5 mil socorristas e sobreviventes já receberam o diagnóstico de algum tipo de câncer até março deste ano. O termo "câncer do 11 de setembro" é uma referência ao surgimento das doenças como consequência da exposição a toxinas liberadas pelo colapso das estruturas, incluindo o aterro sanitário Fresh Kills, em Staten Island.

O número representa um aumento de 143% nos diagnósticos nos últimos anos. Os principais são: 

  • Pele; 
  • Próstata; 
  • Mama; 
  • Melanoma; 
  • Linfoma; 
  • Leucemia;
  • Tireóide; 
  • Rim; 
  • Pulmão; 
  • Bexiga. 

De acordo com a oncologista clínica e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) Angélica Nogueira Rodrigues, a poeira à qual os afetados, de vários graus, ficaram expostos tinha carcinógenos que são associados a cânceres. Entre eles, asbesto (amianto), hidrocarbonetos policíclicos, metais e sílica, entre outros com latências compatíveis.

Até esta semana, dos 3.767 membros do programa que morreram, cerca de 2.388 tiveram câncer. O total supera as 2.977 vítimas do atentado. Segundo os especialistas norte-americanos, a expectativa é que surjam ainda mais casos com a chegada da idade avançada. 

Casos semelhantes

Hiroshima foi atingida por uma bomba atômica de urânio (Little Boy), em 6 de agosto de 1945. Nagasaki por uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man), em 9 de agosto do mesmo ano.
Hiroshima foi atingida por uma bomba atômica de urânio (Little Boy), em 6 de agosto de 1945. Nagasaki por uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man), em 9 de agosto do mesmo ano.
Foto: Bettmann / Getty Images

A especialista detalha que os diagnósticos relacionados ao 11 de setembro não são únicos. Na medicina, há outros exemplos em que os sobreviventes de contaminações ambientais, catástrofes industriais, nucleares e urbanas descobriram algum tipo de enfermidade anos mais tarde aos acontecimentos.

“Os principais exemplos são Hiroshima e Nagasaki, onde a população foi exposta à radiação ionizante aguda em altas doses, com aumento de letalidade aguda, mas também aumento de tumores sólidos, de tireoide, mama, pulmão, estômago, intestino, fígado. Chernobyl, um grande acidente com exposição à radiação ionizante também. No Brasil, o caso do Césio foi um episódio também comparável de vazamento de material de radioterapia. Outros, por exemplo, minérios de urânio e amianto, com excesso documentado de câncer de pulmão”, destaca em entrevista ao Terra. 

Fonte: Redação Terra
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