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Auxiliar de enfermagem espanhola com ebola segue em estado grave

13 out 2014 - 11h26
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A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, infectada com o vírus ebola, permanece nesta segunda-feira em estado "muito grave", enquanto as outras 15 pessoas que estão em observação devido ao contato com ela permanecem sem manifestar os sintomas da doença.

"Neste momento, não há na Espanha nenhuma pessoa capaz de transmitir a doença", com a exceção de Teresa, acrescentou hoje o catedrático de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade Autônoma de Madri, Fernando Rodríguez Artalejo, em entrevista coletiva na sede do governo espanhol.

Rodríguez Artalejo lembrou que o vírus ebola só é transmitido quando o infectado manifesta os sintomas da doença. Também ressaltou que o governo tem "os meios adequados para controlá-lo" e informou que no próximo dia 27, quando tiverem transcorrido 21 dias da última vez que a doente esteve em contato com outras pessoas, se saberá que o foco foi eliminado.

"Teremos certeza que este foco terminou quando nenhum dos contatos de Teresa durante os dias infecciosos desenvolver a doença e isto ocorrerá no dia 27 de outubro", explicou Rodríguez Artalejo.

O professor de medicina relatou que foi iniciado um "amplo programa de formação" para os envolvidos na luta contra o ebola, que vão desde funcionários de saúde até policiais e bombeiros, entre outros.

Teresa Romero "estará curada quando o vírus já não se encontrar em seu corpo", declarou Rodríguez Artalejo ao afirmar que a paciente "segue em estado grave", mas que, a cada dia que passa, está em melhores condições para enfrentar o vírus.

A doente está internada desde 7 de outubro no Hospital Carlos III de Madri, onde também estão isoladas e em observação as 15 pessoas que tiveram contato com ela, entre eles seu marido e os funcionários de saúde que a atenderam quando manifestou os primeiros sintomas do ebola.

A auxiliar de enfermagem contraiu o vírus quando atendeu ao religioso Manuel García Viejo, que foi repatriado de Serra Leoa e morreu no dia 25 de setembro no Hospital Carlos III por consequência da doença.

Após a infecção, foi aberta uma investigação para determinar as falhas que ocorreram na execução do protocolo de prevenção do contágio.

A própria Teresa Romero disse que pode ter se infectado quando tocou em seu rosto com uma luva utilizada durante o tratamento de García Viejo.

No âmbito político, o líder do Partido Socialista (PSOE) - o maior partido da oposição -, Pedro Sánchez, pediu hoje o comparecimento do chefe de governo, Mariano Rajoy, no Congresso dos Deputados para "dar explicações sobre o ocorrido".

EFE   
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