Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

São Silvestre: os desafios invisíveis da corrida

Calor, altimetria e aglomeração tornam a prova mais exigente do que parece

25 dez 2025 - 14h09
Compartilhar
Exibir comentários

A Corrida Internacional de São Silvestre chega à sua 100ª edição consolidada como a maior prova de rua da América Latina. Realizada sempre em 31 de dezembro, no centro de São Paulo, a competição reúne cerca de 55 mil participantes.

São Silvestre: os desafios invisíveis da corrida
São Silvestre: os desafios invisíveis da corrida
Foto: BW Press / Shutterstock / Sport Life

Por trás do clima festivo e de competição, no entanto, os desafios da São Silvestre tornam a prova uma das mais exigentes do calendário esportivo brasileiro.

Diferentemente da maioria das corridas de rua, a São Silvestre acontece em condições específicas que impactam diretamente o desempenho e a segurança dos corredores.

Distância elevada, altas temperaturas, percurso com subidas marcantes e grandes aglomerações criam um cenário que exige preparação cuidadosa, especialmente entre atletas amadores.

Por que a São Silvestre foge do padrão das corridas de rua?

Segundo Diego Leite de Barros, fisiologista do esporte e treinador responsável pela preparação de mais de 500 atletas, a prova apresenta características únicas.

"A São Silvestre é uma prova fora do padrão. São 15 quilômetros, uma distância que, para a grande maioria das pessoas, ultrapassa uma hora de corrida", explica.

De acordo com ele, muitos corredores permanecem em esforço contínuo por até uma hora e meia. "Isso já exige estratégias mais cuidadosas de hidratação e reposição energética", afirma.

O tempo prolongado de atividade aumenta o desgaste físico e eleva o risco de mal-estar ao longo do percurso.

Calor, multidão e percurso aumentam o desgaste

Outro fator decisivo é o horário da largada, que ocorre após as 8h da manhã.

"É uma prova disputada no auge do verão, com calor intenso, e isso potencializa a perda de líquidos e eletrólitos. O corpo sente muito mais", destaca Diego.

A grande concentração de pessoas também chama atenção. Com dezenas de milhares de corredores ocupando ruas estreitas do centro da cidade, a dispersão acontece lentamente.

"A aglomeração dificulta o acesso aos pontos de hidratação, atrapalha a respiração e aumenta o risco de quedas", alerta o especialista.

Como reduzir os riscos e correr com mais segurança

O contexto das festas de fim de ano agrava os desafios da São Silvestre. Mudanças na rotina, consumo de álcool e noites mal dormidas fazem com que muitos atletas alinhem pouco preparo à exigência da prova.

"É comum vermos pessoas que não estão plenamente condicionadas para 15 quilômetros encarando a corrida mesmo assim", observa Diego.

Para minimizar os riscos, ele reforça a importância do planejamento. "O primeiro ponto é estar treinado para a distância, considerando a altimetria e o calor. Também é essencial definir uma estratégia de ritmo, porque a descida inicial faz muita gente forçar além do ideal", explica.

A hidratação deve ser fracionada ao longo do percurso, com reposição de eletrólitos e carboidratos a partir de 45 minutos de atividade. "Sempre com produtos que o atleta já esteja acostumado a consumir", orienta.

No fim, o conselho é direto. "Entender seus próprios limites fisiológicos é fundamental. A São Silvestre é uma prova histórica e festiva, e com planejamento dá para cruzar a linha de chegada bem e com saúde", conclui.

Leia também:

  • São Silvestre: 7 dicas para evitar lesões e correr melhor

  • 6 Dicas de treino para evoluir na corrida em 2026

Sport Life
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade