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Quando as plantas limpam o que os olhos não veem

Numa tradição que atravessa o Atlântico com os povos africanos, as ervas passam a ocupar um lugar que vai além do alívio físico, pois limpam a alma

11 jul 2025 - 19h59
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No Brasil, plantas não são servem só para chá. É reza, escudo e ponte. Numa tradição que atravessa o Atlântico com os povos africanos - encontrando o saber das benzedeiras do sertão e a força da mata com os indígenas - as ervas passam a ocupar um lugar que vai além do alívio físico: elas também limpam a alma.

A Umbanda, com sua sabedoria ancestral e vibracional, é uma das grandes guardiãs do saber das plantas, seus banhos, defumações, Amaci e rezas
A Umbanda, com sua sabedoria ancestral e vibracional, é uma das grandes guardiãs do saber das plantas, seus banhos, defumações, Amaci e rezas
Foto: depositphotos.com / serezniy / Bons Fluidos

Banhos e defumações na Umbanda

Primeiramente, a Umbanda, com sua sabedoria ancestral e vibracional, é uma das grandes guardiãs desse saber, e seus banhos, defumações, Amaci e rezas com ervas fazem parte do cotidiano de quem busca não só tratar, mas descarregar, desbloquear e transformar.

Validação das plantas na Ciência

Atualmente, a Ciência começa a validar, com termos técnicos, o que a tradição já sabia com a pele: algumas plantas têm substâncias capazes de interferir no corpo físico. São os princípios ativos com propriedades anti-inflamatórias, digestivas, antimicrobianas e calmantes, por exemplo. Outras possuem o que muitos chamam de fitoenergia, um tipo de campo vibracional sutil que atua no nosso campo energético, como se cada planta fosse um pequeno canal de força vibratória da natureza. Plantas de banhos de descarrego não são as escolhas por acaso. Cada uma tem sua vibração, seu espírito e seu poder. É a natureza viva, atuando com sabedoria no corpo e na alma. Entre as principais estão:

Plantas e seus benefícios

Arruda (Ruta graveolens)

A arruda é um arbusto de pequeno porte, com folhas verde-acinzentadas, miúdas e muito aromáticas — seu cheiro é inconfundível e costuma causar amor ou rejeição à primeira inspiração. Suas flores são amarelas e delicadas, e a planta, geralmente, não ultrapassa um metro de altura. Originária da região do Mediterrâneo, ela se adaptou bem ao Brasil e, assim, se tornou comum em quintais, hortas domésticas e até em terrenos baldios nas regiões Sudeste e Nordeste, onde o solo é mais seco e ensolarado.

A medicina popular utiliza a arruda, há séculos, para aliviar dores, combater inflamações e facilitar a circulação, graças à rutina e aos alcaloides presentes em suas folhas. Mas é no plano energético, em que ela mostra sua força ancestral, já que é uma das ervas mais potentes para descarrego, afasta inveja, mau-olhado e corta demandas espirituais densas. Seu aroma é mais forte do que perfume, pois protege. Na Umbanda, é comum em banhos e defumações, especialmente quando se deseja "fechar o corpo" e criar um campo de defesa espiritual. Mas seu uso deve ser consciente, tanto física quanto espiritualmente, pois, em excesso, pode ser tóxica.

Guiné (Petiveria alliacea)

A guiné é uma planta de folhas largas, verde-escuras, com um cheiro forte e penetrante, que lembra alho e enxofre. Suas flores são pequenas, esbranquiçadas, e nascem em espigas finas que balançam com o vento. Apesar de a maioria das pessoas da cidade grande não a conherecem, as regiões Norte e Nordeste sabem bem da sua força.

Crescendo em  solos úmidos e ricos em matéria orgânica, ela tem, em sua composição, compostos sulfurosos com ação anti-inflamatória, antioxidante e analgésica. Serve para aliviar dores e tratar infecções, mas também atua no sistema nervoso, sendo considerada calmante. Na religião de matriz africana já citada, ela é respeitada como planta de "quebra de demanda" — capaz de cortar feitiços, afastar obsessores e dissolver cargas espirituais densas. Sua vibração é intensa, por isso é usada com cautela e respeito. Em banhos de descarrego ou defumações, a guiné é como uma espada vibracional que limpa o campo energético e restaura a força vital.

Alecrim (Rosmarinus officinalis)

O alecrim é uma planta de folhas finas, verde-escuras e com um aroma marcante, que lembra frescor e limpeza. Suas flores pequenas, geralmente azuladas ou arroxeadas, atraem abelhas e encantam pelo delicado contraste com os ramos lenhosos. Embora seja originário da região do Mediterrâneo, o alecrim se adaptou perfeitamente ao clima brasileiro, sendo facilmente encontrado em hortas, jardins e quintais por todo o país — principalmente nas regiões Sudeste e Sul.

Na medicina, o alecrim é usado para estimular a circulação, melhorar a digestão e a memória, graças ao ácido rosmarínico, cineol e outros óleos essenciais que ativam o sistema nervoso e combatem radicais livres. Já na dimensão energética, ele é conhecido por elevar o astral, clarear a mente e abrir caminhos. Na Umbanda e em práticas fitoenergéticas, o alecrim é chamado de "erva da alegria", capaz de renovar a energia, afastar a tristeza e fortalecer a confiança. Usado em banhos, traz leveza e energia de recomeço — como se varresse a poeira emocional e acendesse uma luz interna.

Manjericão (Ocimum basilicum)

Com folhas verdes, ovais e muito aromáticas, o manjericão é uma das plantas mais queridas das hortas brasileiras. Suas flores pequenas, brancas ou lilases, nascem em cachos delicados no topo dos ramos. Nativo da Ásia tropical, ele se adaptou com facilidade ao solo e ao clima do Brasil, sendo encontrado com frequência em jardins e vasos, especialmente em regiões de clima mais quente e úmido.

Do ponto de vista medicinal, o manjericão possui propriedades digestivas, anti-inflamatórias e antimicrobianas, devido à presença de eugenol e linalol em seus óleos essenciais. Seu chá é tradicionalmente usado para acalmar o estômago e aliviar dores. Mas seu uso vai muito além da cozinha ou da saúde física. No campo energético, por exemplo, ele é conhecido por promover harmonia, suavizar tensões e equilibrar as emoções. Em banhos, o manjericão atua como um "pacificador vibracional", ajudando a restaurar a calma, a afetividade e o bem-estar emocional. É a erva ideal para dias pesados, quando o coração pede leveza.

Levante (Plectranthus barbatus)

O levante é uma planta de folhas grandes, aveludadas e com um verde vibrante, que exalam um cheiro fresco e agradável ao toque. Suas flores, pequenas e roxas, surgem em espigas que enfeitam ainda mais o arbusto. Bastante cultivado no Brasil, especialmente no Nordeste e no interior do Sudeste, o levante prefere climas quentes e solos bem drenados — costuma crescer em quintais, hortas e até ao redor de casas rurais.

Na medicina popular, o levante é conhecido por seu efeito digestivo e hepático, sendo utilizado como tônico natural para o fígado, além de ajudar no trato gastrointestinal. Seus princípios ativos também têm leve ação calmante. Já no plano energético, ele é como uma dose de ânimo espiritual. A vibração do levante tem o poder de levantar o astral, renovar forças e ajudar em momentos de cansaço emocional ou esgotamento. É comum usá-lo em banhos quando se busca coragem para seguir adiante, clareza para tomar decisões e força para lidar com desafios que pesam sobre os ombros.

Erva-cidreira (Melissa officinalis)

A erva-cidreira tem folhas verdes e macias, com bordas levemente dentadas e um perfume cítrico que lembra o limão. É uma planta que cresce facilmente em vasos, jardins e beiras de quintal, especialmente em locais de clima ameno, como nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Suas flores são pequenas, brancas ou rosadas, e atraem abelhas — sinal de que sua energia é doce e acolhedora.

Rica em óleos essenciais como o citral e o geraniol, a erva-cidreira atua como calmante natural, ajudando a reduzir a ansiedade, relaxar o corpo e melhorar a qualidade do sono. Mas sua doçura não é só física. No campo vibracional, ela dissolve tensões emocionais e limpa suavemente as energias turbulentas que se acumulam em momentos de estresse. É como um abraço líquido em forma de banho, ideal para quem se sente agitado, inseguro ou afetado por ambientes carregados. Na Umbanda, é usada em banhos de acalanto espiritual, especialmente em crianças ou pessoas sensíveis.

Pinhão-roxo (Jatropha gossypiifolia)

Com folhas grandes, recortadas e de um verde arroxeado escuro, o pinhão-roxo é uma planta de presença marcante. Seu caule exala um látex branco e suas flores, vermelhas, pequenas e vistosas, brotam ao longo do ano. É comum encontrá-lo em cercas vivas, beiras de estrada e terrenos baldios no Norte e Nordeste do Brasil, onde cresce com facilidade mesmo em solos pobres.

Apesar de sua beleza, o pinhão-roxo exige cuidado. Suas sementes são tóxicas e devem ser evitadas. No entanto, suas folhas, usadas corretamente, têm efeito purgativo, anti-inflamatório e vermífugo, sendo empregadas na medicina popular para tratar infecções e eliminar parasitas. No plano espiritual, é uma das ervas mais fortes para limpezas profundas. Sua energia é cortante, como uma lâmina que rompe laços energéticos negativos, desmancha trabalhos de baixa vibração e afasta influências espirituais indesejadas. Por isso, é usada com parcimônia e sempre acompanhada de outras ervas mais suaves. Seu banho é como um ritual de reinício.

Plantas como ferramenta de cura

O uso das plantas como ferramenta de cura vai muito além do físico. Elas carregam saberes ancestrais, forças sutis e princípios ativos que agem tanto no corpo quanto na alma. Na Umbanda e na medicina popular, cada folha é um elo entre o mundo visível e o invisível, entre o que a ciência já pode comprovar e o que ainda estamos reaprendendo a sentir. Tomar um banho de ervas é, muitas vezes, mais do que um ritual: é um mergulho na memória da Terra, um reencontro com a vibração que nos sustenta. Que saibamos usar com respeito esse poder silencioso e vibrante que brota das folhas.

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