Qual é a idade segura para jovens começarem na academia? Especialistas respondem
A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta que a musculação na infância, com os devidos cuidados e supervisão, pode trazer benefícios ao corpo, principalmente para o cérebro
De acordo com o ortopedista pediátrico Fernando Oliveira, é comum que muitas mães fiquem receosas quando os filhos demonstram interesse em começar a academia ainda na pré-adolescência, por medo de lesões ou de impactos no crescimento. Entretanto, o especialista ressalta que as crianças podem iniciar a musculação a partir dos oito anos de idade, com acompanhamento e certos cuidados.
Orientações para jovens começaram a academia
A recomendação pode parecer antecipada, mas é reforçada, inclusive, pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De acordo com o órgão, nessa faixa etária é importante estabelecer um treinamento de resistência baseado apenas em pesos livres, como halteres e anilhas, de até 15 kg. Além disso, essa rotina de exercícios não deve ultrapassar 30 minutos por sessão, três vezes por semana.
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Outros cuidados indicados incluem a supervisão individual durante os treinos e a combinação com atividades aeróbicas, como corrida e bicicleta, também por até meia hora. "A criança deve optar por exercícios que consiga executar pelo menos 12 a 15 repetições. Se o jovem está treinando, mas só consegue levantar o peso seis vezes, significa que a carga está muito alta. Isso pode gerar lesão. Então, temos que priorizar sempre repetições em vez de carga", complementou Oliveira em seu perfil no Instagram.
Ademais, profissionais da saúde recomendam avaliar o interesse do adolescente, bem como seu nível de maturidade. Isso porque as atividades físicas exigem capacidade de compreensão e responsabilidade para seguir orientações. Dessa forma, é possível não somente potencializar os benefícios da musculação, como evitar lesões severas.
Os efeitos positivos dos exercícios na infância
De acordo com a SBP, a movimentação ainda nas primeiras fases da vida garante o funcionamento pleno de diferentes órgãos e sistemas, pois contribui para a regulação do organismo. A entidade médica destaca, principalmente, a redução da pressão arterial e o controle do colesterol, fatores que ajudam a prevenir a obesidade.
Há ainda ganhos para o cérebro e para a cognição, impulsionados pelo aumento da circulação sanguínea e pela estimulação das áreas motoras do cérebro. "A criança passa a ter mais rendimento no dia a dia e um melhor desenvolvimento intelectual, cognitivo e até de concentração", apontou o ortopedista.
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