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Tubarão-goblin: o enigmático "fóssil vivo" das profundezas oceânicas

Misterioso e raro, o tubarão Goblin intriga pela aparência exótica, curiosidades únicas e habitat profundo. Descubra fatos fascinantes

2 dez 2025 - 18h00
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Habitante das profundezas misteriosas dos oceanos, o tubarão-goblin desperta a curiosidade de pesquisadores e entusiastas da vida marinha diante de seu visual inusitado e hábitos pouco conhecidos. Considerado um verdadeiro "fóssil vivo", esse animal singular permanece envolto em enigmas, já que poucas pessoas tiveram contato próximo com a espécie. Apesar de raramente ser visto, cada descoberta científica sobre o tubarão-goblin enriquece o conhecimento sobre a biodiversidade marinha.

O apelido "goblin" foi inspirado em figuras do folclore japonês conhecidas por sua aparência incomum, remetendo ao formato peculiar do animal. O tubarão desta espécie apresenta um corpo alongado, um focinho achatado e uma mandíbula que pode se projetar para frente, facilitando a captura de presas. Suas cores marcantes, que oscilam entre tons rosados e avermelhados, também contribuem para sua fama e despertam o interesse de especialistas desde a primeira descrição oficial no século XIX.

Onde o tubarão-goblin vive?

A distribuição do tubarão-goblin cobre diversos oceanos, porém ele costuma ser registrado principalmente em regiões de profundidade média a alta, como o Mar do Japão, o Oceano Atlântico e áreas próximas à Austrália. Vive longe da luz solar, frequentemente em profundidades superiores a 100 metros, sendo registrado até mais de 1.200 metros abaixo da superfície. Essas zonas abissais dificultam o encontro direto com humanos e tornam as informações sobre suas populações ainda mais limitadas.

Além do isolamento natural, o tubarão-goblin raramente é capturado em pesquisas convencionais devido à sua preferência por ambientes bathipelágicos. Muitos dos exemplares estudados foram acidentalmente encontrados em redes de pesca de arrasto profundo, reforçando a ideia de que a espécie é um morador habitual das regiões menos exploradas do planeta. Isso faz do tubarão-goblin um dos predadores mais enigmáticos das fossas oceânicas.

Com focinho alongado, pele rosada e mandíbula projetável, o tubarão-goblin possui características únicas que o tornam um dos predadores mais curiosos das zonas abissais – Wikimedia Commons/Dianne Bray / Museum Victoria
Com focinho alongado, pele rosada e mandíbula projetável, o tubarão-goblin possui características únicas que o tornam um dos predadores mais curiosos das zonas abissais – Wikimedia Commons/Dianne Bray / Museum Victoria
Foto: Giro 10

Quais são as principais curiosidades sobre o tubarão-goblin?

Entre as características mais surpreendentes do tubarão-goblin está a sua mandibula altamente especializada. Diferente de outros tubarões, ao detectar uma presa, o animal é capaz de lançar a mandíbula para frente rapidamente — um mecanismo que melhora suas chances de capturar animais ágeis nas profundezas. Além disso, apresenta dentição afiada, adaptada especialmente para presas pequenas como camarões, lulas e diversos peixes encontrados em águas profundas.

  • Fósseis vivos - O tubarão-goblin pertence à família Mitsukurinidae, com linhagem que remonta a cerca de 125 milhões de anos, o que coloca o animal entre os tubarões mais antigos conhecidos.
  • Visual marcante - Seu focinho comprido e achatado abriga sensores eletrosensoriais que auxiliam na localização de presas nas águas escuras.
  • Pele translúcida - A coloração rosada deriva da pele fina, que deixa visíveis os vasos sanguíneos, um detalhe incomum em tubarões.
  • Tamanho variado - Pode alcançar até 4 metros de comprimento, embora a maioria dos exemplares encontrados tenha menos de 3 metros.

Como ocorre a reprodução e a alimentação do tubarão-goblin?

Por habitar regiões de difícil acesso e devido ao reduzido número de registros, o ciclo reprodutivo do tubarão-goblin ainda não foi totalmente esclarecido. A reprodução parece ocorrer de maneira semelhante à de tubarões ovovivíparos: os filhotes se desenvolvem nos ovos dentro do corpo da fêmea, de onde nascem após a eclosão — um processo observado em espécies correlatas.

No que diz respeito à alimentação, o tubarão-goblin utiliza sua habilidade de projeção mandibular para capturar rapidamente presas desavisadas. Sua dieta inclui animais que habitam o fundo do mar, como crustáceos, cefalópodes e pequenos teleósteos. A caça é realizada principalmente à noite, quando suas presas apresentam menor capacidade de evasão, aproveitando a escuridão e as condições peculiares do habitat profundo.

Considerado um “fóssil vivo”, o animal pertence a uma linhagem de mais de 125 milhões de anos e continua desafiando cientistas em estudos sobre comportamento e reprodução – Wikimedia Commons/Haplochromis
Considerado um “fóssil vivo”, o animal pertence a uma linhagem de mais de 125 milhões de anos e continua desafiando cientistas em estudos sobre comportamento e reprodução – Wikimedia Commons/Haplochromis
Foto: Giro 10

Por que o tubarão-goblin é considerado raro?

Diferentemente de outras espécies, o tubarão-goblin é pouco conhecido devido à sua preferência por habitats extremos e à baixa incidência de encontros fortuitos. As informações são restritas, baseadas em poucos espécimes capturados e estudados ao longo dos anos. Seu status de raridade não está necessariamente ligado a ameaças de extinção, mas sim à dificuldade de acesso e de pesquisa em ambientes tão profundos.

Estudos mais recentes têm buscado desvendar aspectos comportamentais, distribuição geográfica e adaptações biológicas desse animal pouco usual. Os avanços tecnológicos em robótica subaquática e sonares permitem vislumbres cada vez mais detalhados do mundo dos tubarões-goblin, contribuindo para o entendimento dos ecossistemas profundos e da diversidade dos predadores marinhos.

Ainda que não haja registros de ataques a humanos, o tubarão-goblin representa um dos maiores mistérios dos oceanos, reunindo características anatômicas e comportamentais cujas funções despertam perguntas essenciais sobre a evolução dos tubarões e a adaptação a ambientes extremos. A cada nova descoberta, cresce o fascínio por esse enigmático morador das profundezas.

Giro 10
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