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Dickinsonia: história do animal mais antigo já descoberto

Descoberta pela primeira vez em 1947, a Dickinsonia representa o mais antigos registro de vida animal, datando do período Ediacarano, há cerca de 558 milhões de anos. Saiba mais!

24 nov 2025 - 21h03
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No universo da paleontologia, poucos fósseis despertam tanta curiosidade quanto a Dickinsonia. Descoberto pela primeira vez em 1947, este organismo enigmático representa o mais antigos registro de vida animal, datando do período Ediacarano, há cerca de 558 milhões de anos. Sua relevância para a ciência reside justamente no fato de ajudar a decifrar os eventos iniciais da evolução dos animais complexos, um tema central para o entendimento da história da vida na Terra.

A identificação de fósseis de Dickinsonia aconteceram em diferentes regiões do mundo, como Austrália, Rússia e Ucrânia, sempre associados a depósitos sedimentares muito antigos. Visualmente, apresenta formato oval e corpo segmentado, lembrando uma folha achatada. Ademais, o tamanho varia desde alguns milímetros até mais de um metro de comprimento. Por isso, tais características peculiares fazem deste organismo uma peça fundamental para a compreensão da biodiversidade do Ediacarano.

A principal contribuição da Dickinsonia reside no fato de ser considerada o animal mais antigo de que se tem notícia até hoje – Nobu Tamura /Wikimedia Commons
A principal contribuição da Dickinsonia reside no fato de ser considerada o animal mais antigo de que se tem notícia até hoje – Nobu Tamura /Wikimedia Commons
Foto: Giro 10

Como ocorreu a descoberta da Dickinsonia?

A idenficiação da Dickinsonia ocorreu pela primeira vez em rochas do sul da Austrália, em 1947, por geólogos que realizavam estudos em busca de fósseis pré-cambrianos. Com o tempo, novas ocorrências do fóssil aconteceram em outras partes do mundo, o que permitiu aos cientistas ampliar o conhecimento sobre seu modo de vida e distribuição. Assim, a análise detalhada desses registros ajudou a levantar hipóteses sobre sua morfologia e função no antigo ecossistema.

Qual a importância da Dickinsonia para a ciência?

A principal contribuição da Dickinsonia reside no fato de ser considerada o animal mais antigo de que se tem notícia até hoje. O reconhecimento deste organismo como animal consolidou-se após a descoberta de moléculas de colesterol em seus fósseis, processo divulgado em artigo científico em 2018. Essa molécula é um biomarcador exclusivo de organismos animais, diferenciando a Dickinsonia de fungos ou algas. Assim, ela se tornou uma referência vital para a identificação dos primeiros passos da vida animal multicelular no planeta.

O que se sabe sobre o modo de vida da Dickinsonia?

Apesar das limitações naturais imposta pela ausência de partes duras, interpretações recentes indicam que Dickinsonia era um ser de corpo mole, sem segmentos completamente distintos, o que dificulta sua classificação em grupos animais atuais. Os vestígios deixados no substrato sugerem que o animal podia se mover lentamente, provavelmente à procura de alimentos. Há indícios de que obtinha energia absorvendo matéria orgânica do solo ou por meio de processos similares à digestão externa.

  • Dickinsonia viveu em mares rasos do período Ediacarano.
  • Seus fósseis variam bastante em tamanho e forma.
  • Possuía corpo mole e simetria bilateral aparente.
  • Biomarcadores confirmam sua relação com os primeiros animais.
Apesar das limitações naturais imposta pela ausência de partes duras, interpretações recentes indicam que Dickinsonia era um ser de corpo mole, sem segmentos completamente distintos, o que dificulta sua classificação em grupos animais atuais – Verisimilus /Wikimedia Commons
Apesar das limitações naturais imposta pela ausência de partes duras, interpretações recentes indicam que Dickinsonia era um ser de corpo mole, sem segmentos completamente distintos, o que dificulta sua classificação em grupos animais atuais – Verisimilus /Wikimedia Commons
Foto: Giro 10

Quais são as principais discussões sobre a Dickinsonia?

Pelo caráter enigmático de suas características, a Dickinsonia foi alvo de muitos debates ao longo das décadas. Durante muito tempo, cientistas discorreram sobre sua verdadeira natureza: seria um animal, um fungo, uma alga ou um organismo de grupo totalmente desconhecido? A confirmação a partir dos biomarcadores de colesterol foi fundamental para defini-la junto aos animais, mas ainda existem discussões quanto ao seu correto posicionamento filogenético. Esses debates demonstram o dinamismo da paleontologia e o quanto o estudo de fósseis antigos pode revolucionar o conhecimento sobre a origem da vida animal terrestre.

  1. Descoberta em 1947, na Austrália.
  2. Classificada como o animal mais antigo já identificado.
  3. Presença confirmada em diferentes continentes, como Austrália e Rússia.
  4. Morfologia distinta, vital para decifrar a evolução inicial dos animais.

A história de Dickinsonia continua a instigar pesquisadores do mundo todo. A cada novo achado, detalhes inéditos são acrescentados ao conhecimento sobre a biota do Ediacarano. O animal mais antigo já descoberto permanece como uma importante chave para desvendar a origem dos animais e, consequentemente, da evolução da vida complexa no planeta.

Giro 10
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