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Padre Fábio de Melo desabafa após pedidos de expulsão da Igreja: 'Obrigado pela confiança'

Após 24 anos de sacerdócio, o religioso reflete sobre moralismo, críticas públicas e reforça o acolhimento como essência de sua vocação

18 dez 2025 - 18h06
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Padre Fábio de Melo usou as redes sociais para compartilhar uma reflexão intensa e pessoal sobre seus 24 anos de vida sacerdotal. Longe de discursos formais ou respostas defensivas, o religioso abriu o coração sobre os ataques que recebe, o peso do moralismo e até os pedidos públicos para seu afastamento da Igreja Católica.

Padre Fábio de Melo faz um desabafo sincero sobre ataques ao seu ministério, fala de imperfeições, fé e da importância do acolhimento
Padre Fábio de Melo faz um desabafo sincero sobre ataques ao seu ministério, fala de imperfeições, fé e da importância do acolhimento
Foto: Reprodução/Instagram / Bons Fluidos

Conhecido por uma atuação marcada pela empatia e pelo diálogo, o padre decidiu não silenciar diante das críticas. Ao contrário, transformou os julgamentos em um convite à reflexão - especialmente sobre o sentido do acolhimento dentro da fé.

Críticas, moralismo e a exposição pública

Como figura pública, Padre Fábio reconhece que desperta opiniões diversas. Em seu desabafo, ele menciona que, desde o início de sua trajetória, há quem questione sua vocação e sua forma de exercer o sacerdócio. Ainda assim, afirma compreender esses ataques, apontando que eles muitas vezes nascem de uma visão rígida e moralista da fé.

"Um dia, contrariando todos os palpites dos que me viram crescer, tornei-me padre. Muitos continuam acreditando que eu não sirvo para o cargo. Pedem minha expulsão, dizem que sou uma vergonha para a Igreja. Eu compreendo. Eu também sou vítima do moralismo que cega, dificulta voltar no tempo e encarar o fato de que o RH de Jesus foi o pior da história. Só escolheu gente estranha, esquisita. Os perfeitos também eram bem-vindos, mas não sobreviviam, pois o consideravam louco", escreveu.

A missão de acolher quem fica à margem

Na mesma mensagem, Padre Fábio reforça aquilo que considera o eixo central de sua vocação: estar ao lado de quem não se sente pertencente. Para ele, o sacerdócio só faz sentido quando se traduz em escuta, presença e acolhimento, especialmente daqueles que se sentem excluídos ou não "entram pela porta da frente".

"Há 24 anos, mesmo sendo um homem cheio de imperfeições, venho acolhendo os que passam pela minha vida. De maneira especial, os que não se sentem convidados, os que não entram pela porta da frente. Só sendo assim é que posso desfrutar de alguma coerência. Se em algum momento de nossas vidas o meu ministério sacerdotal fez sentido para você, obrigado pela confiança. Já valeu ter sido quem eu fui."

Fé, imperfeição e coerência

Em outra publicação, o padre voltou ao tema, reforçando que compreende os questionamentos e que também convive com suas próprias fragilidades. Ele destacou, mais uma vez, que a história cristã tem marcas de personagens imperfeitos - e que a fé não se sustenta na aparência de santidade, mas na disposição para amar e servir.

Polêmicas recentes e reações públicas

O desabafo acontece em meio a recentes controvérsias envolvendo o nome do sacerdote. Em um podcast, a jornalista Juliana Leite fez críticas duras à postura de Padre Fábio de Melo, questionando sua autenticidade e sugerindo que ele deveria ser afastado da Igreja Católica.

Apesar das críticas, Padre Fábio de Melo segue reafirmando sua escolha por um caminho pautado na escuta e na compaixão. Seu desabafo não busca convencer ou se justificar, mas reforçar a coerência entre aquilo que prega e aquilo que vive: uma fé que reconhece imperfeições, acolhe diferenças e se constrói no encontro com o outro.

Bons Fluidos
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