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O que são as Zonas Azuis e por que as pessoas vivem mais nesses lugares?

Pesquisas revelam hábitos de longevidade observados nas chamadas Zonas Azuis, mas novos estudos questionam os dados. O que realmente podemos aprender com elas?

8 set 2025 - 15h33
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Há mais de 15 anos, o escritor e pesquisador norte-americano Dan Buettner se dedica a investigar regiões do planeta conhecidas pela alta concentração de centenários. Essas localidades ficaram conhecidas como "zonas azuis" e se tornaram objeto de livros best-sellers, documentários e até séries.

Descubra o que são as Zonas Azuis, regiões ligadas à longevidade; veja seus hábitos, polêmicas científicas e lições práticas para viver melhor
Descubra o que são as Zonas Azuis, regiões ligadas à longevidade; veja seus hábitos, polêmicas científicas e lições práticas para viver melhor
Foto: Reprodução: Canva/Balate Dorin / Bons Fluidos

Segundo o famoso "Danish Twin Study", apenas 20% da nossa longevidade é determinada por fatores genéticos; os outros 80% dependem do ambiente e dos hábitos de vida. Isso significa que, embora o envelhecimento seja inevitável, o modo como envelhecemos pode ser fortemente moldado por nossas escolhas. Foi essa ideia que transformou as zonas azuis em uma espécie de mapa da boa vida - lugares onde as pessoas vivem mais e melhor.

Onde ficam as zonas azuis?

A primeira "zona azul" surgiu na Sardenha, na Itália, quando demógrafos, ao marcarem no mapa áreas com alta concentração de idosos saudáveis, usaram tinta azul para destacar a região. Com o tempo, outros locais se juntaram à lista: Okinawa (Japão), Loma Linda (Califórnia, EUA), Icária (Grécia) e Península de Nicoya (Costa Rica). Apesar das diferenças culturais e geográficas, Buettner encontrou pontos em comum entre elas.

Os nove princípios das Zonas Azuis

Apesar das diferenças culturais e geográficas, Buettner encontrou pontos em comum entre elas. Confira nove hábitos compartilhados por essas comunidades e que ensinam muito sobre longevidade:

  1. Mexa-se naturalmente: cuidar da horta, caminhar, subir ladeiras - movimentos diários, não maratonas;
  2. Pratique a restrição calórica: parar de comer antes da saciedade total ajuda o corpo a equilibrar energia e metabolismo;
  3. Baseie a dieta em vegetais: verduras, frutas, legumes e castanhas são protagonistas, com consumo limitado de carne;
  4. Beba vinho (com moderação): pequenas doses, inseridas em rituais sociais, ajudam a reduzir o estresse;
  5. Encontre o seu propósito: chamado de ikigai no Japão, é a razão de acordar todos os dias;
  6. Desacelere: reserve momentos para relaxar, rezar ou estar com amigos;
  7. Cultive espiritualidade: a fé é comum entre centenários e se associa a bem-estar e menos comportamentos nocivos;
  8. Priorize a família: a convivência intergeracional fortalece vínculos e gera cuidado mútuo;
  9. Cerque-se das pessoas certas: amizades saudáveis influenciam diretamente nos próprios hábitos.

Esses princípios, ainda que simples, se tornaram referências para quem busca qualidade de vida e envelhecimento saudável.

A polêmica em torno das Zonas Azuis

Apesar da fama global, estudos recentes vêm questionando a base científica das zonas azuis. O demógrafo Saul Justin Newman, da Universidade de Oxford, analisou os registros civis de alguns desses locais e encontrou inconsistências que podem ter inflado os números de longevidade.

Esses dados levantam a hipótese de que parte da longevidade atribuída às zonas azuis pode ter origem em falhas de registro, trocas de identidade ou até fraudes previdenciárias. Pelo estudo, Newman recebeu o prêmio IgNobel de Demografia em 2024.

O que realmente podemos aprender com elas?

Mesmo com as críticas, especialistas concordam que os hábitos associados às zonas azuis são valiosos. Afinal, evidências mostram que fatores como alimentação saudável, exercícios físicos, suporte social e saúde mental reduzem o risco de doenças e declínio cognitivo. Por isso, estão altamente relacionados à longevidade e melhor qualidade de vida.

As zonas azuis podem não ser tão "milagrosas" quanto se imaginava. Ainda assim, elas oferecem lições práticas para quem busca uma vida mais longa e saudável: comer bem, se mover naturalmente, cultivar vínculos afetivos, desacelerar e encontrar um propósito.

Bons Fluidos
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