Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Neurocientista morre por 7 segundos e relata sua experiência: 'Não foi um sonho'

Após ficar clinicamente morto por sete segundos, o neurocientista Álex Gómez Marín relatou ter visto uma "luz dourada" e três guias espirituais

26 out 2025 - 15h09
Compartilhar
Exibir comentários

O neurocientista espanhol Álex Gómez Marín viveu algo que transformou completamente sua forma de enxergar a vida - e a morte. Após sofrer uma hemorragia interna grave, o pesquisador chegou a ficar clinicamente morto por sete segundos. Quando voltou, trouxe lembranças vívidas do que descreve como uma Experiência de Quase Morte (EQM), fenômeno relatado por pessoas que passam por situações-limite e retornam à consciência.

Neurocientista Álex Gómez Marín descreve sua experiência de quase morte e o que viu enquanto esteve clinicamente morto
Neurocientista Álex Gómez Marín descreve sua experiência de quase morte e o que viu enquanto esteve clinicamente morto
Foto: Reprodução/YouTube / Bons Fluidos

O que aconteceu?

Gómez Marín, que atua no Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), compartilhou seu relato em um programa de TV e no livro "La ciencia del último umbral" ("A ciência do último limiar", em tradução livre). Ele afirma que o momento vivido foi "mais real que a própria realidade".

"Não foi um sonho nem uma alucinação", contou o cientista, descrevendo ter visto um "poço com uma luz dourada acima e três guias espirituais" que lhe ofereceram ajuda. "Nesse momento, pensei em minhas filhas pequenas e pedi para voltar." Segundo ele, a experiência foi marcada por uma sensação de paz e lucidez. "Lá não é preciso pensar, simplesmente se sabe. Eu sabia que tudo estava bem", afirmou.

Embora não se considere religioso, o neurocientista diz que o episódio mudou sua compreensão sobre a consciência e a existência. Afinal, passou a acreditar que o sagrado existe e vai além do material. Desde então, Gómez Marín diz enxergar a morte de uma forma serena: "Acho que morrer é algo muito bonito. Temos muito medo, mas quem já esteve com um pé lá e voltou sabe que é uma experiência bela."

O que a ciência sabe sobre o cérebro durante a morte

A experiência relatada por Gómez Marín dialoga com descobertas recentes da neurociência. Pesquisas conduzidas pela neurocientista Jimo Borjigin, da Universidade de Michigan (EUA), sugerem que o cérebro permanece ativo mesmo após a morte clínica. Em experimentos com ratos, Borjigin observou um aumento de até 60 vezes nos níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina - neurotransmissores ligados ao prazer, à calma e à percepção sensorial.

No ano de 2023, a pesquisadora analisou quatro pacientes humanos em coma cujos aparelhos respiratórios foram desligados. Em dois deles, houve uma alta atividade cerebral segundos após a retirada do suporte vital, especialmente em áreas relacionadas à consciência, memória e empatia.

Essas regiões, chamadas de "zona quente posterior", são as mesmas associadas a sonhos vívidos, linguagem e experiências sensoriais. Isso pode explicar por que pessoas que passam por EQMs relatam visões, sensação de paz e percepções auditivas, como ouvir vozes ou sons durante procedimentos médicos. 

Entre a ciência e o mistério

O caso de Gómez Marín ilustra como a fronteira entre vida e morte pode ser mais complexa do que imaginamos. Se, por um lado, a ciência mostra que o cérebro pode permanecer ativo por instantes após a parada cardíaca, por outro, relatos como o do neurocientista espanhol revelam a profundidade emocional e espiritual dessas experiências. Para a neurociência, essas vivências podem ser fruto de uma tempestade neuroquímica intensa. Para quem as vive, no entanto, representam um despertar - não para a morte, mas para o sentido mais amplo da vida.

Bons Fluidos
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade