Mundo tem o 11º mês consecutivo de recorde de calor

Para quem duvidava, o aquecimento global é uma realidade. Suas consequências estão aí: seja no calor extremo ou nas enchentes sem precedentes. Nesse sentido, a cada evento climático extremo que observamos, seja no Brasil ou em outros países, surge um alerta. Um levantamento mostra que abril de 2024 entrou para a história como o décimo primeiro mês seguido de calor recorde em nosso planeta. Os dados são dos cientistas do observatório europeu Copernicus. Eles observaram a temperatura média do ar global.

Onda de calor

Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), alertou em um comunicado que o fenômeno climático El Niño alcançou seu auge no início do ano. Isso significa que apenas agora as temperaturas da superfície do mar no leste do Pacífico tropical estão voltando ao normal.

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Mas ele fez um alerta crucial: "Embora as flutuações de temperatura ligadas a ciclos naturais como o El Niño venham e vão, a energia adicional retida nos oceanos e na atmosfera devido ao aumento das concentrações de gases do efeito estufa continuará a impulsionar a temperatura global para novos recordes".

De acordo com o observatório, abril de 2024 testemunhou a mais alta temperatura média do ar de superfície já registrada globalmente, atingindo 15,03°C. Isso representa um aumento de 0,61°C em relação à média de abril de 1991-2020 e 0,14°C acima do recorde anterior, em fevereiro de 2016.

Esse calor contínuo, portanto,  só reforça a urgência da discussão ampla sobre crise climática. Desde junho de 2023, temos visto um mês mais quente que o outro, sinalizando uma situação alarmante.

Além disso, a temperatura média global nos últimos doze meses (de maio de 2023 a abril de 2024) é a mais alta já registrada, com um aumento de 0,73°C em relação à média de 1991-2020 e 1,61°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.