Cesariana, natural ou humanizado? Entenda os tipos de parto e tire todas as suas dúvidas. Recentemente, o canal norte-americano Lifetime causou polêmica ao anunciar o lançamento do reality show Born in the Wild, que mostrará mulheres que decidiram dar próximas à natureza, sem assistência médica. A ideia não é nova e ficou conhecida devido ao sucesso de um vídeo que já teve mais de 24 milhões de visualizações em dois anos no qual a australiana Simone Surgeoner dá à luz sua 4ª filha na beira de um rio sem a ajuda de ninguém. Mas a história de Simone, apesar de diferente, também não é inédita e começou depois de ela ter visto uma série de fotos feita pelo russo Vladimir Bagrianski, que registrou os quatro partos de sua mulher realizados no mar entre 1986 e 1992. “Ouvir minhas filhas brincando na água no riacho enquanto eu estava em trabalho de parto me fez sentir totalmente natural e também muito normal. A mulher acessa um conhecimento nato que tem de como dar à luz”, contou Simone em entrevista ao Terra. Este mesmo sentimento de que a mulher é capaz de lidar melhor com o nascimento dos próprios filhos é compartilhado pela carioca Valéria Ribeiro, que trabalha como doula, é fotógrafa profissional de partos e teve a última filha em parto feito em casa. “Eu sabia que podia dar conta do recado que, para parir, eu não precisava de todos aqueles procedimentos médicos. Era uma experiência fisiológica muito intensa pra ser tratada como enfermidade”, contou. Apesar das experiências descritas acima serem bem mais intensas que os milhares de nascimentos que ocorrem diariamente no mundo e até serem motivo de preocupação para os médicos, eles são partes de um movimento em prol da humanização dos partos e da mudança na maneira de enxergar a mulher grávida. “É permitir que a mulher reassuma o papel dela na natureza e ganhe nenê com menos calendário e menos bisturi. Quando o neném quiser vir, vem!”, explica o obstetra especialista no assunto, Dr. Alberto Jorge Guimarães. Os números de partos normais vêm crescendo no País, mas o Brasil continua sendo um dos países do mundo com as maiores taxas de cesáreas. No entanto, o crescimento paralelo de partos realizados em domicílio e nas casas de parto têm preocupado os médicos, já que o Conselho Federal de Medicina não indica estes procedimentos. Siga com o infográfico e tire suas dúvidas sobre o assunto: mais especiais de mulher