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Analgésicos opioides podem enfraquecer sua vida sexual

Substâncias opioides como a morfina, metadona e fentanil em excesso reduzem o desejo sexual

27 jul 2018 - 11h42
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É comum que para aliviarmos algumas dores físicas no dia a dia, tomemos analgésicos. Entretanto, o uso da classe opioide em excesso pode prejudicar sua vida sexual, reduzindo a líbido. Indivíduos com dores crônicas correm mais riscos de serem prejudicados, por conta da necessidade de medicação contínua, aponta um estudo dinamarquês.

Descobertas

Os pesquisadores analisaram dados de um questionário respondido por 11.517 pessoas em 2013 sobre o assunto. Mais da metade das mulheres, e um pouco menos da metade dos homens alegaram sofrer de dores crônicas que não eram causadas pelo câncer.

Indivíduos que usaram opióide por longos períodos têm chances 69% maiores de estarem insatisfeitos com suas vidas sexuais, em comparação às pessoas que não experienciavam nenhum tipo de dor. Além disso, as vítimas da dor crônica têm o dobro de chances de terem o desejo sexual baixo ou inexistente.

Já quem usa os analgésicos à curto prazo, tem chances 82% maiores de terem baixa líbido e probabilidades 35% maiores de estarem insatisfeitos com suas vidas sexuais.

Alerta

Indivíduos que experienciam dores e não utilizam opióides caso necessário, têm chances 38% maiores de estarem infelizes com suas vidas sexuais e 46% maiores de terem falta de desejo.

Hanne Birke, autora do estudo, aponta que outros tratamentos como a reabilitação e a terapia comportamental podem funcionar tão bem quanto os remédios, sem causarem efeitos adversos para a vida sexual. Além disso, estas formas de tratamento ajudam o paciente a lidar com a dor crônica, ao invés de fazer com que ele apenas tomem uma pílula.

Para pacientes com câncer terminal, os opióides podem trazer alívio das dores severas da doença.

Conclusões

Apenas 57% das pessoas que usam opioides a longo termo reportaram a ocorrência de relações sexuais no ano passado. 62% dos usuários à curto prazo relataram relações sexuais no ano anterior. A frequência para pessoas que sentiam dor e não se medicavam, ou para aquelas que não tinham dores, foi de 68% e 77% respectivamente.

A dor crônica prejudica as fibras dos nervos sensitivos, fazendo com que seja difícil ou impossível ter respostas prazerosas no corpo. Além disso, os opioides suprimem a ativação das fibras dos nervos sensitivos, o que causa um impacto negativo no desejo sexual.

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