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Médicos deixam de receitar omeprazol; entenda porque

O medicamento é comumente utilizado no tratamento de úlceras, gastrites e refluxo, condições provocadas pelo aumento da acidez estomacal

14 out 2025 - 12h12
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Quando chegou às farmácias, o omeprazol revolucionou o tratamento das úlceras gástricas e do refluxo gastroesofágico, condições causadas pelo aumento da acidez estomacal. No entanto, devido à sua eficácia, o medicamento passou a fazer parte da rotina de muitos pacientes, o que elevou a ocorrência de efeitos colaterais. Agora, para conter o uso indiscriminado, médicos têm recomendado o fármaco com mais cautela.

O omeprazol é comumente utilizado no tratamento de úlceras, gastrites e refluxo, condições provocadas pelo aumento da acidez estomacal
O omeprazol é comumente utilizado no tratamento de úlceras, gastrites e refluxo, condições provocadas pelo aumento da acidez estomacal
Foto: Canva/afloimages / Bons Fluidos

Quais são os riscos do omeprazol? 

Em artigo publicado no 'Centro Diagnóstico Casa Vitta', o cirurgião do aparelho digestivo, Bruno Mariano Schmidt explica que o medicamento, assim como outros inibidores da bomba de prótons (IBPs), atua inibindo a produção de ácido clorídrico. Dessa forma, reduz a acidez de secreção gástrica e alivia sintomas incômodos característicos de gastrites.

O risco, contudo, está no uso contínuo e em altas doses, que cresceu em decorrência da falta de obrigatoriedade da prescrição médica. Isso porque, segundo o especialista, o medicamento pode desencadear pneumonia, alterações renais e infarto. Há ainda registros de casos de acidente vascular cerebral (AVC) ocasionados pelo consumo indiscriminado.

Além disso, o omeprazol interfere no funcionamento do corpo, diminuindo a absorção de ferro, cálcio e vitamina B12. Por isso, há a possibilidade de provocar quadros de anemia, cãibras e osteopenia. Outra consequência associada ao uso inadequado é a infecção intestinal por Clostridioides difficile e o aumento de fraturas.

"Em casos mais severos, pacientes experimentam sintomas diários de azia, queimação e regurgitação quando interrompem os IBPs", apontou Schmidt.

Veja como evitar os efeitos colaterais

Entretanto, profissionais ressaltam que o medicamento segue exercendo um papel essencial no tratamento de úlceras, refluxo e infecção por Helicobacter pylori. A recomendação, portanto, é utilizá-lo somente pelo período indicado pelo agente de saúde, incluindo consultas de reavaliação na rotina para verificar a necessidade de continuidade do tratamento.

Por outro lado, se o quadro for considerado mais leve, os especialistas sugerem mudar os hábitos em vez de recorrer a fármacos. A redução do consumo de ultraprocessados e o controle de peso, por exemplo, podem ajudar a reverter a condição. Além disso, recomendam manter um cronograma com horários definidos para as refeições, favorecendo uma melhor digestão.

"Esses riscos valem para toda a classe dos IBPs. Eles continuam sendo medicamentos eficazes, mas devem ser usados pelo menor tempo possível, sempre com acompanhamento médico", afirmou a gastroenterologista Karoline Soares Garcia, em entrevista ao 'g1'. 

Bons Fluidos
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