Cueca mais antiga era um triângulo de linho
A cueca foi criada originalmente como uma indumentária masculina para cobrir e proteger os órgãos sexuais do homem (sua costura é especialmente modelada para fornecer apoio a estes órgãos), mas sofreu inúmeras modificações ao longo da história e hoje está até no guarda-roupa feminino.
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Também chamada de sunga, a cueca tem a partícula "cu", de origem no latim vulgar, praticada nas classes baixas da sociedade romana, com o sentido de "parte de trás" (como em culatra). Até dois séculos atrás, os homens vestiam-se com tanto brio quanto as mulheres. Porém suas roupas e, em particular as íntimas, ganharam linhas e cores mais discretas. As diferenças de anatomia sempre ditaram a moda da roupa íntima entre homens e mulheres, razão pela qual a versão feminina sempre teve mais foco na sexualidade do que na praticidade.
O exemplo mais antigo da roupa íntima masculina é descrito por estudiosos como um longo pedaço de linho moldado como um triângulo com tiras nas pontas amarradas no quadril. No século XII, com o desenvolvimento das armaduras de platina, as faixas de linho, que protegiam contra o metal áspero, começaram a ser usadas pelos cavaleiros. Desde então, esses tecidos são considerados os reais antecedentes da roupa íntima masculina. Mais tarde, as cuecas, freqüentemente amarradas abaixo dos joelhos com fitas ou alfinetes, encurtaram e foram costuradas.
As roupas masculinas do século XVI eram tão brilhantes e coloridas quanto as femininas. Eram feitas de seda, tafetá e outros tecidos nobres, enquanto as roupas íntimas eram feitas de linho, pois era o único tecido lavável. Na década de 1830, as roupas íntimas masculinas feitas de flanela e algodão se tornaram comuns e muito usadas.
Em 1895, o catálogo das lojas Montegomery Ward oferecia roupas íntimas masculinas feitas de algodão e flanela, mas divididas em duas peças, nas cores cinza e a popular vermelha. Após a Revolução Francesa, a aristocracia inglesa tornou-se o modelo da moda masculina e privilegiou as roupas confortáveis e casuais.
No século XX, as cuecas passaram a ser fabricadas com tecidos e elásticos e se tornaram mais confortáveis. Importante na história da cueca, o estilista ícone dos anos 1980, Calvin Klein, merece destaque, já que suas propagandas provocantes levaram a moda íntima masculina ao auge no início dessa década. Os shorts chamados "samba-canção" também se tornaram muito comuns nos anos 1980, já que ia ao encontro do princípio da roupa íntima masculina: conforto e simplicidade.
Nos anos 1990, a lingerie masculina evoluiu e não ficou pautada só no slip (modelo tradicional). Foram lançadas várias formas derivadas do esporte, como os modelos ciclista, boxer e shorts. A novidade são as fibras e microfibras que compõem lingerie de corte bem estudado e com costuras invisíveis para não machucar. Já as peças 100% de algodão ganharam a preferência para o dia a dia.
