Geração Z está substituindo o álcool por hábitos mais saudáveis, diz estudo
Menos álcool, mais bem-estar: por que os jovens estão mudando a forma de celebrar?
Cada vez mais, os hábitos da geração Z - pessoas nascidas entre 1997 e 2012 - estão moldando a forma como o mundo se diverte, se alimenta e se conecta. Se antes a ideia de socializar estava fortemente ligada ao consumo de álcool, hoje esse cenário vem mudando rapidamente. Para esses jovens, bem-estar, saúde mental e autenticidade valem muito mais do que seguir padrões. E isso tem impacto direto no que vai à mesa, no que se pede no delivery e até no clima dos encontros entre amigos.
Menos álcool, mais saúde
Os dados não mentem: apenas 45% da geração Z consome bebidas alcoólicas, segundo levantamento da MindMiner. Este é o menor índice registrado desde a década de 1960. O motivo? Clareza mental, equilíbrio emocional e um desejo crescente de viver experiências sem os efeitos colaterais do álcool.
Mas isso não quer dizer que eles não gostam de celebrar. Muito pelo contrário. Agora, mocktails, kombuchas, infusões funcionais e drinks sem álcool tomam conta dos bares e restaurantes. Esse movimento também faz parte de uma tendência conhecida como "Stealth Health" (ou "saúde oculta"), que traz ingredientes saudáveis, mas sem cara de dieta. Assim, bem-estar e prazer se encontram.
Mais do que comida: uma experiência completa
Para além da bebida, a experiência conta - e muito - para a geração Z. Os jovens buscam locais que entregam mais do que uma refeição, mas também um ambiente acolhedor, decoração charmosa e, claro, espaços "instagramáveis".
O digital também faz parte dessa equação: mais da metade dos pedidos de comida por delivery são feitos por este grupo de pessoas. Além disso, 46% deles preferem receber em casa do que buscar um pedido. Eles querem praticidade, personalização e propósito.
A busca pelo bem-estar vai além da alimentação. Atividades como surf, skate, escalada, corrida e trilhas fazem parte do estilo de vida dessa geração. Essas práticas refletem um desejo de viver intensamente, cuidando do corpo, da mente e do planeta.
Consumo consciente
Engana-se quem pensa que essa mudança é passageira. Assim como aconteceu com o tabaco e o fast-food, o álcool começa a perder espaço, à medida que as pessoas priorizam escolhas mais alinhadas ao bem-estar. Relatórios da Euromonitor e da Mintel mostram que, até 2030, o consumo da bebida deve cair 20% entre os jovens. Enquanto isso, o mercado de bebidas sem álcool deve dobrar de tamanho.
O recado está dado: o futuro pertence às marcas, bares e restaurantes que entendem que bem-estar, autenticidade e propósito são o novo luxo. E quem se adapta, não só conquista clientes, mas cria verdadeiras conexões.