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Festas de fim de ano ainda excluem pessoas com deficiência

Apesar do clima de celebração do Natal e do Réveillon, festas de fim de ano ainda excluem milhões de pessoas com deficiência nos espaços públicos brasileiros. A falta de rampas, banheiros adaptados, áreas reservadas e intérpretes de Libras segue sendo comum em eventos temporários. Especialistas alertam que a ausência de acessibilidade vai além de falhas pontuais e reflete uma exclusão institucional, contrariando princípios de cidadania e direitos garantidos por lei.

31 dez 2025 - 10h51
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Festas de fim de ano ainda excluem pessoas com deficiência

O fim do ano transforma cidades brasileiras em grandes palcos de celebração. Praças iluminadas, parques decorados e shows de Natal e Réveillon ocupam os espaços públicos. Mas nem todos conseguem participar dessas festas.

Para milhões de pessoas com deficiência, esses eventos seguem inacessíveis. A falta de estrutura básica ainda é comum em celebrações temporárias promovidas pelo poder público.

Rampas inexistentes, banheiros não adaptados, ausência de áreas reservadas, falhas na sinalização e falta de intérpretes de Libras afastam crianças, adultos e idosos com deficiência justamente em um período que simboliza convivência e união.

Dados do IBGE mostram que o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência. Mesmo assim, a acessibilidade segue sendo ignorada em muitos eventos de grande porte.

Para o defensor público federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, o problema vai além da logística.

"A cidade se enfeita para celebrar, mas esquece de incluir. Quando eventos públicos não são acessíveis, a mensagem é clara: pessoas com deficiência não fazem parte da vida urbana", afirma.

Segundo ele, a acessibilidade não pode ser tratada como improviso. É uma obrigação legal e um direito básico. "Festas públicas são políticas públicas. Se não contemplam todos, há exclusão institucional", diz.

 

O que pode melhorar a acessibilidade nas festas públicas

Especialistas apontam medidas simples, mas essenciais, para tornar eventos de fim de ano mais inclusivos:

Foto: Shutterstock / Alto Astral
  • rampas e pisos nivelados

  • banheiros químicos adaptados

  • áreas reservadas para pessoas com deficiência

  • sinalização clara e acessível

  • intérpretes de Libras em shows

  • equipes treinadas para atendimento inclusivo

  • planejamento prévio desde a concepção do evento

Para André Naves, a inclusão depende mais de prioridade do que de orçamento. Segundo ele, pensar acessibilidade desde o início é o único caminho para garantir que as festas sejam, de fato, para todos.

Enquanto isso não acontece, o contraste permanece: eventos que celebram união seguem deixando parte da população do lado de fora.

Alto Astral
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