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Família viaja o mundo antes que os filhos fiquem cegos: 'Resiliência'

Após o diagnóstico de uma doença rara que causa cegueira progressiva, Edith e Sébastien decidiram mostrar aos filhos as belezas do planeta enquanto ainda podem enxergá-las

29 out 2025 - 18h30
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Quando três dos quatro filhos de Edith Lemay e Sébastien Pelletier, do Canadá, foram diagnosticados com uma doença rara que causa perda progressiva da visão, o casal decidiu transformar o medo em propósito. Em vez de se deixar abater pelo diagnóstico, eles tomaram uma decisão que mudaria suas vidas: deixar tudo para trás e viajar em família pelo mundo, mostrando aos filhos toda a beleza que o planeta tem a oferecer - enquanto ainda podem enxergá-la.

Três filhos de um casal canadense vão perder a visão; antes disso, os pais decidiram viajar o mundo para criar memórias visuais
Três filhos de um casal canadense vão perder a visão; antes disso, os pais decidiram viajar o mundo para criar memórias visuais
Foto: Reprodução/Instagram / Bons Fluidos

A jornada de uma família guiada pelo amor

Tudo começou com Mia, hoje com 12 anos. Os primeiros sinais da doença, chamada retinose pigmentar, apareceram ainda na infância. Trata-se de uma condição genética degenerativa, que afeta as células da retina e leva à perda gradual da visão. Com o passar do tempo, outros dois filhos, Colin (7 anos) e Laurent (5 anos), também receberam o mesmo diagnóstico. Apenas Léo, de 9 anos, não apresenta sintomas. Foi então que um conselho médico inspirou a ideia que se tornaria uma volta ao mundo.

"O especialista me disse: 'Preencham a memória visual deles. Usem livros para eles verem o que é um elefante, uma girafa, pra que tenham referências visuais quando ficarem cegos'. Aí deu o estalo: se vou mostrar as coisas nos livros, por que não mostrar na vida real?", contou Edith em entrevista à Radio Canada. "Então pensamos num jeito grandioso de mostrar a eles tudo que é bonito nesse mundo. Foi assim que a viagem começou", completou.

O mundo como sala de aula

Desde então, a família já visitou seis países em três continentes, incluindo destinos com paisagens abertas e naturais - recomendação dos médicos para que as crianças tenham lembranças visuais marcantes de cores, formas e luzes. Cada parada é pensada para despertar os sentidos: ver, tocar, cheirar e ouvir o mundo em toda a sua diversidade.

O plano, segundo Edith e Sébastien, é criar memórias emocionais e visuais que fiquem gravadas na mente dos filhos mesmo depois que a visão se apagar. No roteiro dos sonhos, o Brasil aparece como um dos próximos destinos. Segundo a família, o país representa exatamente essa mistura de vida, cor e natureza que desejam eternizar.

Lições de resiliência

Além da viagem, a jornada tem ensinado aos filhos uma das lições mais importantes da vida: a de resiliência. "A doença vai exigir resiliência, porque eles terão que se adaptar o tempo todo à medida que forem perdendo a visão", explicou Edith.

Ela reconhece que o futuro trará desafios, mas prefere focar no presente: "Hoje andam com independência, mas talvez um dia precisem de uma bengala. Isso ensina que manter o foco no que é ruim, desconfortável, só piora a situação. Se você focar no que é bom, no que pode controlar, pode encontrar soluções e tudo fica mais fácil."

Bons Fluidos
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