Os doces envenenados que provocaram uma tragédia de Halloween vitoriana: um dos golpes alimentares mais perigosos da história
O desejo de lucro fez com que centenas de pessoas comessem doces adulterados com arsênico
As celebrações associadas ao Halloween hoje são o produto de uma mistura de tradições, mitos e lendas pagãs e cristãs, temperadas com consumismo. Muitas culturas mantêm diversos ritos funerários ancestrais, embora hoje inevitavelmente associemos o Halloween a montanhas de doces. Infelizmente para os moradores de uma pequena cidade britânica, a venda de alguns doces inocentes terminou em tragédia.
Aconteceu em meados do século XIX, em plena era vitoriana, no auge do Império Britânico e do rápido desenvolvimento das cidades impulsionado pela Revolução Industrial. Essa industrialização, no entanto, trouxe consigo uma vida urbana precária e repleta de perigos, especialmente em termos de saúde pública. O fato de envenenamentos, acidentais ou intencionais, serem comuns também não ajudou.
Uma consequência desse novo estilo de vida urbano foi a padronização de uma nova ordem social, com o desenvolvimento significativo da classe trabalhadora e também da classe média, que agora podiam acessar bens e recursos antes reservados aos ricos. Um exemplo claro foi a gula, antes reservada a nobres e reis, agora assumindo novas formas para satisfazer a gula de toda a população.
Foi o século da expansão da indústria de biscoitos, chocolates e bolos, mas também do mundo das balas duras, mais fáceis e baratas de produzir, armazenar, transportar e comercializar. Só havia um problema: o açúcar era incrivelmente caro. E era preciso fazer negócios.
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