O adoçante é mesmo um vilão da saúde? Especialista responde
O adoçante, por anos visto como alternativa “mais leve” ao açúcar, voltou ao centro de um debate que envolve nutricionistas, pesquisadores e consumidores: afinal, ele é mesmo um vilão da saúde? Com novas pesquisas sendo divulgadas com frequência, a resposta gera dúvidas. Ele faz mal?
"A segurança dos adoçantes aprovados para uso alimentar é respaldada por estudos científicos. O problema surge quando há consumo excessivo e dependência do sabor doce, o que dificulta a reeducação alimentar, explica a nutricionista Ruth Egg.
Adoçantes como estévia, eritritol e xilitol têm perfil mais natural e podem ser boas opções, desde que não sejam usados para compensar uma alimentação rica em ultraprocessados. "O foco deve ser sempre o equilíbrio e a qualidade da dieta como um todo", complementa.
E quanto ao risco de câncer?
Após orgãos internacionais avaliarem componentes como o aspartame para o aumento do risco de câncer, o consumo de adoçante passou a gerar preocupação em muitos. Apesar do alerta de possível risco, as agências regulatórias reforçam que o consumo dentro do limite diário aceitável continua sendo considerado seguro.
Ou seja: a preocupação existe, mas não há consenso que justifique pânico ou abandono total do produto.
Nem todos os adoçantes carregam a mesma polêmica. Opções como estévia, xilitol e eritritol, derivados de fontes naturais, têm sido vistas como alternativas menos controversas. Mesmo assim, eles não são perfeitos: podem causar desconforto gastrointestinal quando consumidos em excesso.
Para quem o adoçante é indicado?
Apesar das discussões, o adoçante segue sendo uma ferramenta importante, especialmente para:
- Pessoas com diabetes, que precisam reduzir açúcar;
- Quem tem restrições calóricas;
- Indivíduos que estão em um processo de transição para diminuir o consumo de açúcar.
O problema não é o adoçante em si, mas o uso indiscriminado.