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A batatinha do McDonald´s não é a mesma de antigamente, diz nutricionista

Nutricionista surpreende ao comparar os ingredientes de alimentos de antes com os atuais

17 fev 2025 - 13h07
(atualizado às 13h57)
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Batata frita do McDonald´s tinha bem menos ingredientes antes
Batata frita do McDonald´s tinha bem menos ingredientes antes
Foto: Reprodução/Instagram @raquelbritzke

Com os avanços tecnológicos, a indústria alimentícia evoluiu e aumentou bastante a produção em massa. Com isso, os ingredientes reais foram substituídos por fórmulas ultraprocessadas, cheias de aditivos, óleos hidrogenados e xaropes artificiais. 

A nutricionista Raquel Britzke fez uma postagem comparando os ingredientes de alguns alimentos do passado com os atuais e surpreendeu. A batata frita do McDonald´s, por exemplo, antes tinha batatas, sebo bovino, óleo de algodão e sal. Atualmente, além de batata, ela leva: óleo de soja, óleo de soja hidrogenado, aromatizante de carne natural (com trigo e leite hidrolisado), ácido cítrico, dimetilpolssiloxano, dextrose, pirofosfato, ácido de sódio e sal. Quantas diferenças!

A nutricionista ainda comparou as mudanças de ingredientes do Danoninho, sorvete de creme e  pão de forma.

A médica nutróloga Sandra Fernandes, professora do curso de Pós-Graduação da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) destaca alguns pontos sobre a comparação entre a alimentação no passado e hoje:

Antigamente: A maioria dos alimentos eram frescos, orgânicos (sem aditivos químicos) e produzidos localmente. As pessoas consumiam alimentos sazonais, e muitos eram feitos em casa ou em pequenas produções familiares.

O consumo de açúcares e gorduras era naturalmente mais baixo, já que os alimentos industrializados com alto teor de açúcar, como refrigerantes e fast foods, não eram tão comuns. As fontes de gordura eram mais naturais, como óleos vegetais ou manteiga, que eram usados com moderação.

O acesso a alimentos era muitas vezes limitado pelas estações do ano e pela produção local. As pessoas consumiam alimentos frescos cultivados localmente, o que limitava o consumo excessivo de certos tipos de alimentos.

Atualmente: Há um grande aumento de alimentos ultraprocessados que contêm aditivos, conservantes, corantes e açúcares refinados. Isso pode contribuir para doenças relacionadas à dieta, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

O aumento no consumo de açúcar e gordura trans, presentes em muitos alimentos industrializados, é um dos maiores desafios da alimentação moderna. Isso contribui para o aumento das taxas de obesidade e doenças crônicas.

A nutróloga destaca que essa substituição por fórmulas ultraprocessadas, cheia de aditivos devem ser evitadas.

"Embora a conveniência dos alimentos ultraprocessados seja um fator atraente - já que são rápidos e prontos para consumo - o consumo excessivo desses produtos pode ter vários efeitos negativos na saúde".

Alimentos ultraprocessados e os prejuízos à saúde

Os alimentos ultraprocessados geralmente passam por muitos processos industriais, o que pode reduzir seu valor nutricional. 

"Muitas vezes, esses alimentos perdem vitaminas, minerais e fibras importantes durante a produção.  Também são frequentemente enriquecidos artificialmente com substâncias sintéticas para compensar essas perdas, mas isso não substitui o valor dos nutrientes encontrados em alimentos naturais", explica a médica.

A profissional ressalta que a dieta rica em alimentos ultraprocessados pode afetar negativamente o microbioma intestinal — o conjunto de bactérias e microrganismos que habitam o intestino e são fundamentais para a digestão e saúde geral. 

"A ingestão excessiva de produtos processados e com baixo teor de fibras pode promover o crescimento de bactérias patogênicas e reduzir a diversidade de bactérias benéficas, o que pode afetar a imunidade e a digestão", diz.

Além disso, o consumo regular de alimentos ultraprocessados pode contribuir para desequilíbrios nutricionais e favorecer o aumento de peso. 

"Como esses alimentos costumam ser ricos em calorias, mas pobres em nutrientes, o corpo não recebe os elementos essenciais para funcionar corretamente, o que pode levar à desnutrição e ao sobrepeso", explica Sandra.

Como melhorar?

Para melhorar a alimentação, é preciso priorizar alimentos frescos e integrais, como frutas, vegetais, legumes, cereais integrais, legumes, proteínas magras e gorduras saudáveis, devem ser os principais componentes da dieta.

"Quando consumir alimentos processados, é importante ler os rótulos e evitar aqueles com muitos ingredientes artificiais, aditivos e conservantes", alerta.

Outra opção é cozinhar mais em casa, pois o preparo com ingredientes frescos e naturais, permite que você tenha maior controle sobre os ingredientes.

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