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'Disseram que era minha obrigação contratar um profissional para atuar na escola', diz mãe de criança com autismo sobre exclusão

Goleiro Cássio, do Cruzeiro, desabafou sobre a dificuldade de matricular filha com autismo. Pais relatam que problema é recorrente

28 ago 2025 - 18h39
(atualizado às 19h01)
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Resumo
Pais de crianças com autismo relatam dificuldades constantes para matriculá-las em escolas, enfrentando exclusão, exigências injustas e falta de inclusão adequada, como desabafou o goleiro Cássio Ramos sobre sua filha.
Goleiro Cássio, do Cruzeiro, desabafou sobre a dificuldade de matricular filha com autismo. Pais relatam que problema é recorrente
Goleiro Cássio, do Cruzeiro, desabafou sobre a dificuldade de matricular filha com autismo. Pais relatam que problema é recorrente
Foto: Miniseries / Getty Images

O goleiro Cássio, do Cruzeiro, usou as redes sociais para desabafar sobre as dificuldades que têm para matricular a filha Maria Luiza, de 7 anos, em uma escola. A criança é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita”, lamentou o jogador no Instagram. 

De acordo com pais de crianças com o transtorno, o problema é recorrente. Em entrevista ao Terra Agora desta quinta-feira, 28, Helen Silva Farsura contou que o filho Vitório, de 10 anos, passou por cinco escolas diferentes em um curto período de tempo, pois as instituições não aceitavam a criança. 

“O Vitório foi diagnosticado com 2, 3 anos de idade e ele já estava em uma escola. Então, a escola começou a questionar ele lá dentro porque ele estava agressivo e muitas vezes suscitou que ele não seria mais bem-vindo na escola e que era a minha obrigação contratar um profissional para atuar dentro da escola e cuidar dele lá dentro”, contou. 

m entrevista ao Terra Agora desta quinta-feira, 28, Helen Silva Farsura contou que o filho Vitório, de 10 anos, passou por cinco escolas diferentes em um curto período de tempo, pois as instituições não aceitavam a criança
m entrevista ao Terra Agora desta quinta-feira, 28, Helen Silva Farsura contou que o filho Vitório, de 10 anos, passou por cinco escolas diferentes em um curto período de tempo, pois as instituições não aceitavam a criança
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Na época, Helen conseguiu contratar uma psicóloga especializada, por meio do plano de saúde, para orientar a escola sobre como conduzir o ensino a criança. No entanto, a escola continuou mantendo os problemas de segregação, ou seja, separava o Vitório do convívio com outros alunos, o que a motivou a buscar outra instituição. 

“O meu objetivo era mudar, mas para mudar, as escolas não aceitavam as crianças [com autismo]. Você entra em contato, falou que a criança é autista, [eles] não tem vaga e [fazem] uma série de explicações”, lamenta. “Mais de duas que aceitou, eu comprei o material, tive uma despesa enorme, e o Vitório não ficou nem um mês e foi praticamente expulso das escolas”. 

Helen explica que, por Vitória ter um grau verbal, as escolas aceitam, no entanto, quando percebiam que ele precisava de um plano de condução, o recusavam. De acordo com ela, em uma das instituições, fizeram uma sala apenas para crianças com espectro autista e outros lados. “A inclusão não existe”, lamenta. 

“Foi muito difícil. Quando se fala em crianças atípicas, principalmente com o espectro autista, toda mudança gera um impacto muito grande. [...] [Diziam] que ele poderia ser uma ameaça e que eles tinham uma cota para aceitar crianças atípicas e que essa cota já tinha sido excedida”, conta. 

Levou dois anos para ela encontrar uma escola que realmente oferecesse o tratamento correto e humano que Vitório precisava. Para ela, é importante que as crianças tenham contato com pessoas com outros laudos, pois é necessário visar o futuro. “Ele teve um avanço excepcional. Todas as crianças ficam no mesmo ambiente, porém, os materiais são direcionados a cada tipo de atividade que a criança tem. Então, em nenhum momento tem exclusão”, diz. 

O Sala de TV vai ao ar às quartas-feiras, às 15h, ao vivo na home do Terra, no Youtube e nas redes sociais do Terra.

Fonte: Redação Terra
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