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"PPK incrível”: ela ensina mulheres a terem prazer e lubrificação

Fisioterapeuta apelidada de "adestradora de pepeka" destaca os benefícios da prática e a quebra de tabus na busca por prazer feminino

1 jun 2023 - 13h51
(atualizado em 5/6/2023 às 09h43)
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Quando começou a divulgar seu trabalho nas redes sociais - no Instagram por iniciativa própria, e no TikTok por indicação de pacientes -, a fisioterapeuta Nídia Machado não imaginava a repercussão dos vídeos. A profissional de Santarém, no Pará, compartilha trechos das sessões de fisioterapia e conseguiu mais de 790 mil visualizações em apenas um dos posts da "ppk incrível".

No registro, ela mostra uma paciente exercitando a musculatura do assoalho pélvico em movimentos de contração e relaxamento do canal vaginal que podem ser repetidos com o pênis durante as relações sexuais.

"Eu confesso que fiquei surpresa com a visibilidade que o vídeo teve", disse, em entrevista ao Terra. "São 54 segundos de contrações coordenadas, com força, com resistência", explica Nídia, que ressalta ter se divertido com os comentários que a definem como "adestradora de pepeka".

Homens gostam, as mulheres mais ainda

O exercício em questão é feito com o suporte de uma sonda introduzida no canal vaginal. A ferramenta tem a haste longa, como uma espécie de antena, para que as pacientes consigam enxergar o movimento de sobe e desce à medida que contrai e relaxa a musculatura, respectivamente.

Ao divulgar os benefícios nas redes sociais, Nídia destaca que o parceiro vai "à loucura". "A maioria dos comentários foram de homens elogiando a performance da mulher", pontua, ao citar um comentário que brincava com a capacidade da mulher "fazer mágica".

Mas não se trata de resumir a prática a dar prazer aos homens. A fisioterapeuta defende que o foco principal é a vida sexual da paciente, que por meio dessa ginástica aprende a se dar mais prazer.

"Por nós, mulheres, não termos sido estimuladas pra sexualidade, a fisioterapia pélvica é uma forma de desvendar o que a mulher ainda não descobriu", acredita. Os benefícios passam por aumento da libido, maior lubrificação, melhora na mobilidade da articulação do quadril e da pelve, além das vantagens no tratamento de disfunções urinárias, evacuatórias, prolapsos e dores, entre outros problemas.

Quebra de tabus

Isso é necessário porque, diferente dos homens que desde cedo tem o contato com o órgão sexual estimulado, a mulher por muitos anos foi ensinada a ter vergonha de sexo e não falar sobre intimidade. Por esse motivo, Nídia avalia que o vídeo foi bem sucedido em combater o tabu em torno do assunto, levando visibilidade para a especialidade.

"O prazer feminino é um tabu na nossa sociedade. As mulheres têm vergonha e quando elas buscam se conhecer, se tocar, elas sabem que quem dá prazer a elas são elas mesmas, mas nós fomos estimuladas que sempre é o parceiro que tem que dar prazer. O autoconhecimento de saber o que gosta, como gosta, promove um bem-estar, melhora a qualidade de vida, o humor, então, promover para essa mulher o despertar da sexualidade melhora sua vontade de viver e sua vida como um todo", pontua.

Atenção à saúde íntima

Toda essa dedicação da fisioterapeuta à saúde íntima das mulheres surgiu a partir do trabalho com outro viés: Nídia atuava na reabilitação de mulheres que faziam radioterapia na região vaginal.

Ela explica que os efeitos da braquiterapia - uma espécie de radioterapia interna - tiram a água do tecido vaginal, o que provoca rigidez muscular. A consequência vista no consultório eram mulheres até avessas ao sexo por conta do tratamento oncológico. Veio daí a atenção para tratar também o aspecto sexual com exercícios que visam melhorar a lubrificação do canal vaginal.

Não é pompoarismo

O trabalho na movimentação dos quadris, entre outros exercícios, pode gerar confusão com o pompoarismo. Mas é importante frisar que são propostas diferentes.

O pompoarismo, como Nídia lembra, é uma técnica milenar passada de mãe para filha na Tailândia com o objetivo de treinar a musculatura do assoalho pélvico em prol do desempenho sexual. Já a fisioterapia pélvica, embora também tenha esse efeito, é conduzida por um profissional especializado, usa métodos e procedimentos específicos para tratar disfunções, prolapsos, dores, e foca na saúde.

Fonte: Redação Terra Você
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