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Feminicídio: Mexicanas fazem greve geral contra assassinatos de mulheres no país

Bancos, estações de metrô e escolas oferecerão serviço limitado porque metade de sua equipe é do sexo feminino

9 mar 2020 - 07h40
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Imagine um dia em que as mulheres não se movem? Não vão trabalhar, limpar a casa, levar as crianças na escola?

Isso é o que vai acontecer durante a greve geral intitulada #UnDíaSinNosotras ou 'Um Dia Sem Nós', na tradução literal, que ocorre no México nesta segunda-feira, 9.

O movimento #UnDíaSinNosotras ocorre em protesto contra milhares de feminicídios registrados no país.

No México, dez mulheres são agredidas todos os dias. Em 2019, 976 casos de assassinatos contra elas foram registrados.

No Instagram, a hashtag #UnDíaSinNosotras explica os motivos da greve geral e convoca as mulheres mexicanas e de outros países do mundo para participar do movimento.

Confira:

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Diversas instituições no país já estão preparadas para lidar com as baixas do 'dia sem mulheres'.

O HSBC México, por exemplo, já avisa aos clientes: "Dada a relevância da equipe feminina que trabalha no HSBC México em nossa rede de agências, é possível que, devido a essa situação, o serviço público através desse canal seja limitado em 9 de março". A instituição também garantiu que não haverá sanções administrativas para mulheres que decidirem ingressar no movimento.

A rede de notícias Net Multimedia também liberou suas funcionárias para a greve geral e explica a importância de chamar atenção para o feminicídio.

Assista ao vídeo:

Na educação, as aulas não serão suspensas por causa da greve, de acordo com o ministro Esteban Moctezuma Barragán.

"Isso significa que as professoras e as trabalhadoras administrativas poderão aproveitar o dia em uma forma de protesto contra a onda de violência que tem sido vista no país e os homens terão que cumprir seu horário de trabalho", afirma.

Estadão
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