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Estresse de humanos pode afetar cães de estimação; entenda

Pesquisa mostra que relação entre pessoas e cachorros pode sincronizar os níveis de cortisol

7 jun 2019 - 16h10
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Um estudo da Universidade de Linköping publicado na quinta-feira, 6, constatou que pessoas podem passar o estresse do dia a dia para seus cachorros de estimação.

De acordo com a pesquisa, os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no organismo dos cães e dos seus donos ficam sincronizados em longo prazo. Isso porque as raças caninas aprenderam o que é essa perturbação emocional ao conviver com humanos.

"São duas espécies sociais que compartilham uma relação interespécies única, como resultado de viver em estreita associação por pelo menos 15.000 anos", explicam os cientistas no levantamento.

Como chegaram a essa conclusão?

Foram analisados 58 cães, sendo 25 da raça border collie e 33 pastores de shetland, e suas tutoras - todas mulheres. A escolha não foi à toa: as duas raças de cachorro se destacam por interagir bem com seus humanos e atender bem aos sinais de seus donos.

A rotina dos animais foi monitorada por uma semana com um colar. Nesse período, os níveis hormonais foram colhidos a partir de amostras de pelo dos pets e de cabelo das proprietárias.

Além disso, os estudiosos buscaram entender se exercícios físicos podem aumentar o cortisol em cães, já que esse fenômeno biológico é comum em humanos. Assim, animais sedentários e de corrida foram submetidos a atividades esportivas, concluindo que isso não afeta a quantidade do hormônio no organismo canino.

De acordo com informações da BBC, os pesquisadores acreditam que outras raças e espécies devem ser analisadas para expandir a pesquisa. Na visão deles, isso poderia trazer versões para o estudo, uma vez que cães da caça, por exemplo, são mais independentes e talvez não tenham uma relação muito intensa com humanos.

Estadão
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