Aos 52 anos, Angélica reflete sobre mudanças após síndrome do pânico: 'Muito profundo'
Apresentadora atravessa uma fase de profundo renascimento, marcada por espiritualidade, coragem e autoconhecimento; saiba mais
Poucas figuras da TV brasileira carregam uma trajetória tão aberta a transformações quanto Angélica. Após décadas diante das câmeras, a apresentadora vive um momento de profunda renovação - pessoal, emocional e profissional. Essa nova etapa fica evidente no programa "Angélica Ao Vivo", exibido às quintas-feiras no GNT, onde ela surge mais espontânea, confiante e conectada consigo mesma.
Hoje, aos 52 anos, Angélica reúne maturidade, leveza e um senso de humor ainda mais iluminado, refletindo o percurso de quem precisou atravessar medos profundos para voltar a florescer.
Uma história marcada pela luta contra o pânico
Apesar do brilho constante diante do público, a apresentadora nunca escondeu que vivenciou períodos difíceis. A síndrome do pânico acompanha sua vida desde os 28 anos - algo que começou de forma súbita e assustadora. Ela relembra o primeiro episódio em entrevista à revista Veja: "Aos 28 anos, durante uma gravação, caí de exaustão. Um médico foi chamado e passei um mês tomando remédio para dormir. Acharam, a princípio, que era cansaço", explicou.
Mas os sintomas insistiram. "Suava frio, tinha falta de ar, taquicardia, tontura e uma sensação forte de medo. Fui parar várias vezes no hospital e não encontravam nada. Na realidade, aquilo tinha um nome: síndrome do pânico".
Foi o início de uma jornada desafiadora. Anos depois, em 2015, um episódio marcante reacendeu o trauma: o acidente de avião envolvendo ela, Luciano Huck e os filhos. A vivência deixou cicatrizes profundas e desencadeou crises posteriores. Angélica descreve um desses momentos, que aconteceu durante férias com a família: "Passado um ano do acidente, tive nova crise de pânico. Estava de férias em Nova York com a família, saí para dar uma volta sozinha e, do nada, travei. Não conseguia sair do lugar".
O encontro com a espiritualidade e o início da cura
Apesar das recomendações médicas, Angélica buscou caminhos alternativos para se reequilibrar. "O médico me falou para tomar remédio, mas eu não gosto. Me deixava esquisita". A partir daí, iniciou um mergulho profundo em práticas integrativas, começando com uma antiga fita VHS que falava sobre a ligação entre corpo e mente.
Essa descoberta a levou à meditação transcendental, técnica que se tornou um pilar em sua rotina. Com o tempo, o silêncio, a respiração e o autocuidado passaram a construir uma nova estrutura emocional - mais estável e amorosa. Entre as experiências mais marcantes desse processo está um retiro espiritual feito ao lado de Luciano. Longe de telas, compromissos e da agitação do mundo, o casal se dedicou por dias inteiros à meditação.
Angélica resume esse momento transformador em uma frase: "Foi só eu e ele, sem celular, cinco dias meditando. Muito profundo. Ficar sem eletrônico muda tudo".
A celebração de uma mulher renovada
Hoje, aos 52 anos recém completados, Angélica demonstra a força de quem escolheu ressignificar a própria história. Não esconde as vulnerabilidades, compartilha aprendizados e inspira ao mostrar que é possível renascer quantas vezes for preciso. Com autenticidade, coragem e uma espiritualidade que se fortaleceu com o tempo, ela segue ocupando o lugar que conhece desde os quatro anos: o brilho natural de estar diante das câmeras, agora com uma versão de si mesma ainda mais inteira e consciente.