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Mutirões realizam plásticas reconstrutivas gratuitas

A ReSurge International faz plásticas em nações em desenvolvimento normalmente usando as férias dos voluntários

14 ago 2014 - 13h09
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Na década de 1960, quando a cirurgia plástica ainda estava se desenvolvendo, o cirurgião plástico Donald Laub, 79 anos, foi o primeiro a acreditar que ela poderia reabilitar e reintegrar aqueles que foram banidos socialmente por conta de suas deformidades ou deficiências. Foi então que, em 1969, o médico americano fundou a ReSurge International (Ressurgir Internacional), uma organização que promove mutirões de cirurgias plásticas reconstrutivas gratuitas em nações em desenvolvimento.

A iniciativa é financiada por patrocinadores e pessoas físicas, além de receber doações de suprimentos médicos, vindos de empresas de saúde. No entanto, a principal ajuda vem dos grupos de voluntários constituídos de 15 profissionais formados (médicos, enfermeiros, anestesistas e fisioterapeutas), enviados aos hospitais e centros médicos de países pobres, onde realizam cirurgias reparadoras e oferecem treinamento para profissionais locais para que eles possam realizar esses procedimentos de forma independente.

Os mutirões normalmente acontecem no período de férias dos voluntários e duram duas semanas, mas a organização também mantém equipes fixas nas regiões em que atua. Em 45 anos de existência, a ReSurge International realizou mais de 100 mil cirurgias em cidades localizadas na África, Ásia e América Latina, contribuindo para o restabelecimento da produtividade e diminuição da pobreza, já que, quando os pacientes retornam ao trabalho, o país recupera milhões de dólares em salários perdidos no momento em que funcionários ficaram sem trabalhar.

A maioria dos pacientes atendidos pela companhia é de crianças e adolescentes que apresentam deformidades nos lábios, má formação de braços e pernas e, principalmente, queimaduras, muito recorrentes em países em desenvolvimento, configurando-se como uma crise global de saúde. “A cirurgia de reconstrução possibilita que nossos pacientes tenham uma segunda chance, frequentem a escola, sustentem suas famílias e sejam membros produtivos e funcionais na sociedade”, diz o site do projeto.

De fenda labial a campanha contra queimaduras

O primeiro paciente a ser atendido pela ReSurge International foi Antonio, nos anos 1960, um mexicano de 13 anos que foi isolado por conta de uma fenda labial, chamada de lábio leporino. Ele nunca havia frequentado a escola e raramente tinha interações sociais. A mudança instantânea na vida do garoto fora uma cirurgia reparadora, que fez com que o médico Donald Laub fundasse a organização.

Tendo em vista que a maior parte dos pacientes atendidos pela ReSurge International é de vítimas de queimaduras, a instituição lançou a campanha ReThinking Burns (Repensando as Queimaduras), em fevereiro de 2013, conquistando o apoio de mais de 18 mil pessoas. A iniciativa jogou luz sobre o problema e é o primeiro passo para conseguir um financiamento do governo para implementar soluções para reduzir os ferimentos por queimadura e salvar outras milhares de vidas.

Fonte: Dialoog Comunicação
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