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Cães são capazes de detectar câncer, Alzheimer e Parkinson apenas pelo cheiro do corpo humano

Professora do CEUB explica como o olfato canino tem auxiliado na identificação precoce de doenças

21 out 2025 - 18h27
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O melhor amigo do homem também pode ser um aliado da medicina. Pesquisas científicas e relatos clínicos em diferentes países comprovam que cães são capazes de identificar doenças em humanos - como câncer, Alzheimer e Parkinson - antes mesmo de qualquer sinal visível. Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), revela que isso se deve ao olfato extremamente sensível desses animais. Enquanto os humanos possuem 6 milhões de células olfativas, os cães chegam a ter 300 milhões.

Pesquisas científicas comprovam que cães são capazes de identificar doenças em humanos, como câncer, Alzheimer e Parkinson
Pesquisas científicas comprovam que cães são capazes de identificar doenças em humanos, como câncer, Alzheimer e Parkinson
Foto: depositphotos.com / bakalaerozzphotography.yahoo.com / Bons Fluidos

Olfato dos cães detecta câncer, Alzheimer e Parkinson

De acordo com a especialista, essa sensibilidade aguçada permite que os cães percebam odores e alterações químicas no corpo humano, associadas ao desenvolvimento de doenças. "Existem inúmeros casos em que o cão percebeu que algo estava errado com o tutor antes mesmo de um diagnóstico médico", afirma a professora. "Hoje, essa habilidade tem sido explorada e aplicada cientificamente em várias partes do mundo."

Segundo a docente, cães recebem treinos para detectar doenças como diabetes, epilepsia e diferentes tipos de câncer, emitindo alertas a seus tutores ou auxiliando profissionais de saúde na identificação precoce de alterações orgânicas. Um dos exemplos mais conhecidos vem da In Situ Foundation, na Califórnia (EUA), que desenvolveu protocolos científicos para o treinamento de cães detectores de câncer.

Já na Inglaterra, estudo conduzido pelo Medical Detection Dogs, em parceria com as universidades de Bristol e Manchester, revelou que cães conseguiram identificar a doença de Parkinson apenas pelo cheiro da pele, antes mesmo de os sintomas. "O processo de treinamento e certificação dura de seis a oito meses. Os cães não farejam pessoas diretamente, mas analisam amostras de hálito, plasma, urina ou escarro, reconhecendo odores específicos de células cancerígenas", explica.

Embora todos os cães tenham um olfato apurado, algumas raças se destacam pela sensibilidade e facilidade de aprendizado. Entre as mais adotadas estão o Labrador Retriever, o Pastor Alemão, o Beagle, o Border Collie e o Pastor Belga Malinois. "Essas raças combinam inteligência, temperamento equilibrado e excelente resposta ao adestramento. Por isso, são preferidas em programas de detecção biológica", acrescenta.

Quando o cão tenta avisar o tutor

Mesmo sem treinamento formal, muitos tutores relatam que seus cães demonstram comportamentos diferentes quando algo não vai bem. "Eles podem latir, choramingar, cheirar insistentemente uma área do corpo ou simplesmente se manter mais próximos e protetores", explica a docente. "Nos que recebem o treinamento, esse comportamento se refina, eles chegam a buscar ajuda quando percebem alterações da saúde."

Uma história que ganhou repercussão mundial foi a de Lucy Humphrey, americana de 44 anos que aguardava um transplante de rim. Durante um passeio na praia, seu cão insistiu em se aproximar de uma mulher desconhecida. Após conversarem, Lucy contou que precisava de um doador e, de forma inacreditável, a mulher era compatível, uma chance de 1 em 22 milhões. "Casos assim mostram o quanto o vínculo entre humanos e cães vai além do afeto. Ele pode literalmente salvar vidas de diversas maneiras", finaliza.

*Matéria feita em parceria com Máquina Cohn & Wolf

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