Bill Gates compartilha uma característica com todas as pessoas talentosas: ele era o culpado pelos problemas com os pais
Ser muito inteligente, às vezes, pode complicar o relacionamento entre pais e filhos.
Bill Gates escreveu suas memórias — ou parte delas — no livro "Código-Fonte: Os Primórdios". Nele, ele se aprofunda em sua infância e, nos capítulos finais, aborda a história das origens da Microsoft, a empresa que o tornou um dos homens mais influentes, poderosos e ricos do mundo. Ao ler o livro, fica claro que, pelo menos na infância, sua trajetória não foi apenas de sucessos: ele enfrentou alguns problemas ligados à superdotação.
O relacionamento com os pais nem sempre foi bom. Gates começou a fazer terapia aos 12 anos, depois de um episódio em que reconheceu ter sido "particularmente cruel". Na ocasião, seu pai — descrito como uma pessoa "gentil" — acabou jogando "um copo d'água em seu rosto". Em entrevista à Wired, o jornalista Steven Levy relatou que Bill Gates lhe confidenciou: "a dinâmica familiar era tensa". Ele acrescentou que, segundo o próprio, a mãe de Gates considerava o comportamento do filho "traumático".
Esse comportamento, em que ele "se recusava a atender aos pedidos dos pais para fazer a lição de casa, ouvir instruções simples ou mesmo conversar com eles", e até rejeitava o contrato social com sua família, amigos, professores e colegas, não é incomum em crianças superdotadas. Em uma entrevista à Wired, Levy contou a Gates sobre essa fala do pai e acrescentou que sua mãe ficava tão abalada que "passava dias sem falar".
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